quinta-feira, dezembro 04, 2008

Circular

Comecei a escrever sobre meu ano, daí apaguei e escrevi sobre achar bonitas pessoas consideradas feias, daí apaguei e escrevi sobre ironia e Monty Phyton, apaguei o Monty Phyton e escrevi sobre Frida Kahlo (que eu já havia "rascunhado" esses dias), apaguei e escrevi sobre como sou burra pra entender existencialismo, apaguei e reclamei que queria ter ido pra Joinville com a minha mãe, apaguei e contei que tô matriculada na auto-escola, apaguei...
Aaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

sexta-feira, novembro 28, 2008

Posso falar?

Olha, eu passei pra segunda fase da UFPR e isso é uma conquista, já que até uns dois anos atrás eu achava que não conseguiria nem terminar o ensino médio (meu sonho era sacar todo o dinheiro da poupança que meu pai mantém pra mim desde que eu era pequena e me mandar pra Inglaterra, ou pelo menos pra Argentina). Eu sei que isso não é garantia alguma que eu vá passar pra valer, mas não me impede de ficar muito feliz. Agora neguinho vir e ficar falando coisas do tipo "ai, não sei se você fez uma nota boa" "ai, não se anime muito" "ai, fulana foi muito melhor que você" É DEMAIS.
Vá tomar no c* bem tomado.
Estressei.

quarta-feira, novembro 19, 2008

Papai sabe o que diz

"Mariana, eu não acredito que você vai ficar triste só porque esse povinho saiu pra um chopp depois do vestibular e não te chamou. Eles nem sabem quem é Woody Allen."

O pior é que não sabem.

terça-feira, novembro 11, 2008

Blá, blá, baby

Eu adoro ouvir conversas alheias. Primeiro que eu sou mulher, a criatura mais curiosa que existe, e segundo que sempre tiro algo que preste de cenas e/ou conversas dos outros (vai que algum dia eu consigo escrever uma crônica tão linda quanto à dos negros no boteco, do Sabino. Né?).
Pois bem, estava eu almoçando (sozinha, pra variar) na praça de alimentação que fica no prédio em que moro e, pasmem, ouvi uma conversa inteira da mesa ao lado.
Sentados 'tavam uma guria e um cara, provavelmente amigo dela. Eram um tanto mais velhos que eu, no mínimo uns cinco anos, e usavam roupas meio formais; era intervalo do almoço.
Ela tagarelava sem parar, 'tava contando do fim de semana na praia (curiosamente a praia era Bombinhas, pra onde eu vou nos finais de ano) com amigos. Tudo bem, normal. Até que ela começou a "detonar" as amigas dela; fulana era bêbada, cicrana 'tava acima do peso, beltrana era uma folgada. Se eu já 'tava tomando as dores das outras nesse momento, você não imagina como fiquei quando a venenosa começou a falar de um tal de Ricardo.
Esse Ricardo provavelmente é o cara de quem ela gosta, em quem ela deve ter ficado se jogando durante toda a viagem. Enfim, diz que o tal do Ricardo insinuou que uma amiga deles 'tava tão gorda que parecia grávida. E riu. Sim, a cobra riu com maldade, com os olhos vermelhos, riu da própria amiga.
Não sabia qual era o pior, se a falseta ou o tal do Ricardo, que conseguiu ser extremamente grosseiro com uma mulher. Resolvi terminar minha coca-cola em casa e me mandar do restaurante, antes que eu me estressasse (mais) com uma conversa que não era nem pra eu ter ouvido.
Sabe por que eu me irritei? Porque eu tenho nojo de gente falsa.
Não vou ser hipócrita e dizer que nunca falei mal de alguém na vida. É claro que eu já falei, mas 99,9% das vezes em que fiz isso, não foi em pessoas que eu considero amigas que eu jorrei veneno.
A conversa que eu ouvi hoje sintetiza perfeitamente o medo que sinto de me relacionar com as pessoas. Pode crer que, fora a tua mãe, ninguém no mundo vai sempre desejar o melhor pra você; que, como o Dalton Trevisan diz, as relações são todas baseadas no vampirismo, que as pessoas têm interesses (no mau sentido), que sempre alguém vai tomar no cu.
Claro que, como a Lei de Murphy é infalível, eu sempre sou o alguém que toma no cu. Se alguém aí conhece um bom spray de alho que possa ser espirrado nessa vampiraiada, me avisa. Pago um bom preço.

quinta-feira, novembro 06, 2008

Chata

Eu queria escrever alguma coisa que prestasse, mas eu não consigo.
Há um tempo atrás eu acreditava que só escrevia coisas boas (lê-se "não tão ruins") quando eu 'tava passando por algum momento, no mínimo, chato. Quem me conhece e acompanha esse blog, com certeza dirá que prefere textos de x ou de y época, e eu tenho certeza que serão de alguma fase na qual tudo 'tava uma merda.
Acontece que eu acho que essa minha teoria falhou. Sim, caras moscas que lêem o meu blog, passo por uma merda de momento e mesmo assim não me vem inspiração alguma. Porque seja um momento meio tenso talvez, não sei; se eu pudesse encontrar uma explicação seria mais fácil.
Enfim, tentei escrever sobre como sinto vergonha por fazer parte de uma juventude como a minha, sobre como me emputece ver pessoas tentando "roubar" de mim coisas que podem me diferenciar das outras gurias (e que brotaram de mim, só de mim - ok, com grande influência do meu pai), sobre como é ruim sentir saudade da minha mãe...o fato é que não saiu NADA. Até tentei dar uma de Clarice Lispector e vomitar as palavras -num fluxo de consciência tenebroso-, mas ficou uma porcaria.
Blé.

sábado, novembro 01, 2008

Bossa nova

Vestidinho de tricô, bêbada de vinho
- Canta a vida, menina
- Me canta, amor

quarta-feira, outubro 29, 2008

Sonho de consumo

Todo dia voltando da aula eu passo na frente do bar "Arrumadinho", que fica na esquina da minha casa. Todo dia eu tenho que sentir aquele calorzinho que vem de dentro enquanto eu na rua passando frio - pior é quando chovendo, como hoje. Todo dia eu tenho que olhar pela "vitrine" um monte de gente tomando chopp Brahma e comendo escondidinho.
Toda vez que eu acho que estudando mais do que devia e que preciso dar uma paradinha, já penso: "nãããão, ano que vem sou eu quem tem que estar no bar fazendo inveja em um monte de pessoinhas com suas pastinhas de PVC."

quinta-feira, outubro 23, 2008

Canibalismo

Chupei tanto a boca dele que já não sabia mais onde ela terminava e a minha começava.

quarta-feira, outubro 15, 2008

Deitei no sofá e o relógio correu.
Uma hora, duas horas, três horas? Não sei ao certo.
Tô perdendo a noção de tempo. Parece que meu cérebro não absorve mais nada.
Sabe aquela música "Pennyroyal tea", do Nirvana? Então, tem uma parte que fala "I'm so tired I can't sleep". É isso que 'tá acontecendo comigo.
Eu sei que já 'tá enchendo o saco essa minha reclamação, mas é que 'tá uma bosta tão grande que não tem como eu não falar nada. Mesmo.

quinta-feira, outubro 09, 2008

18

Entrei na "idade adulta" assim, com uma marca da adolescência estampada no meu rosto: uma discreta espinha na ponta do nariz.
Foi o aniversário mais estranho que já tive, o primeiro que passei longe das pessoas que mais amo. Mas eu já 'tava ciente disso, também tô ciente de que a comemoração vai começar amanhã e se estender até domingo de madrugada (com uma leve pausa sábado de manhã, pra fazer simulado no cursinho). UHUL.
Fora essa parte triste da falta, meu dia foi bom. Começou com ioga e recebi flores da senhora que trabalha aqui em casa e dos meus pais, que me mandaram rosas da floricultura da pracinha do Batel, porque foi de lá que minha mãe recebeu flores do meu pai quando eu nasci. À tarde recebi vários abraços e desejos de felicidade de pessoas mui queridas, inclusive de uma das que eu mais admiro nesse mundo, o professor Yeso.
É, fazer dezoito anos não doeu, porém não foi um orgasmo, como eu achava que seria. Imagina a saudade que vai dar de ir comprar vodka no mercado com aquele prazer de estar burlando a lei misturado com o medo de que te peçam a identidade? Hehehe

terça-feira, outubro 07, 2008

Geografia

Amor, eu nadaria até o estreito de Dardanelos por ti.

sábado, outubro 04, 2008

Vômito mental

Sinto fome, sono, dor, frio.
Falta de viver.
Minha bunda anda doendo muito, mas não é por causa de nenhuma sem-vergonhice, não. É que eu tenho passado umas 11h por dia sentada, há seis meses.
Tenho praticado ioga às quintas de manhã, ajuda muito. O foda é que eu sou muito perfeccionista, se faço alguma posição errada já fico toda nervosa.
Dia 9 vou fazer 18 anos. O tempo passou voando, mas isso me deixa feliz. Nem tanto pelo fato de eu estar, finalmente, atingindo a maioridade; é que minha família vai estar aqui e eles são responsáveis por uns 70% da minha felicidade (um pouco tem que vir de mim mesma, né?).
Quando essa pressão toda acabar (e com sorte vai acabar só dia 08/12), vou tirar
um dia inteiro pra dormir.
E o pior (ou melhor) de tudo é que sonhei com você, de camisa listrada, nas últimas cinco noites. Nos meus sonhos, você usava óculos.

quarta-feira, outubro 01, 2008

Pressão alta

Não quero que me explique sobre a Revolução Sandinista, sobre foz de rio em delta, Guerra Fria ou o que quer que seja...pega no meu peito e tenta me explicar como meu coração, lento que só ele, acelera ao sentir teu cheiro.

terça-feira, setembro 23, 2008

Silly girl

É incrível a minha capacidade de ficar chateada com coisas aparentemente sem importância, como aconteceu hoje.
Sábado vai rolar a Super Revisão do Positivo, lá no Teatro Positivo (que é lindo). Super Revisão é uma parada que acontece uma vez por trimestre, em que a banda dos professores toca, eles apresentam alguns tópicos das máterias e por aí vai.
Essa de sábado vai ser a última e pelo jeito a mais legal. Vai ter um show de física, depois a banda dos professores e por último a gente vai ver o espetáculo Tangos e Tragédias.
O fato é que cada aluno tem direito a somente um convite; isso é uma merda, já que tem gente querendo levar namorado, irmão, amigo, etc. Como alguns alunos não vão, estão dando seus convites aos que querem levar alguém. Aí começou meu drama.
Minha família vem pra cá esse final de semana e eu queria levar meu namorado junto comigo ao Teatro. Uma colega minha do cursinho garantiu que daria o ingresso dela pra mim (a gente só poderia pegá-los a partir de hoje cedo) e eu fiquei tranqüila.
Para minha surpresa (ou não), quando cheguei ao cursinho hoje à tarde descobri que a guria que tinha me prometido o ingresso já tinha pego o dela pra ela e ainda 'tava procurando alguém que não fosse, pra ela levar uma amiga de fora!!!!!!!
Ok, eu sei que ela não tinha obrigação nenhuma e blá blá. Mas poxa, ela tem o meu orkut, custava ter deixado um recadinho de manhã avisando que tinha resolvido ir? Se ela não tivesse me avisado somente às 14h, talvez eu tivesse conseguido com outra pessoa. Na verdade eu constatei com algumas que já tinham doados seus convites e soube que se eu tivesse procurado elas uns 20 min antes, eu teria conseguido.
Motivo pra me deixar triste e ter vontade de chorar.
Daí quando percebi que todas as pessoas do mundo menos eu tinham conseguido seus ingressos "ilegais", eu caí no choro (é muito fácil me fazer chorar, assim como é fácil me fazer rir). Chorei igual a uma idiotona, como o Max Fischer chorou ao ser informado de que seria expulso da Academia Rushmore.
Agora tô com o nariz vermelho, os olhos inchados e querendo arrancar meus próprios cabelos por ter chorado por algo tão besta. O pior de tudo é que ainda tô triste. E tô ouvindo Eliott Smith, o que me deixa perto de cometer um suicídio.
A questão não é nem o "show" que, provavelmente, vou perder. É o fato de ter criado expectativas em cima disso pra depois cair de bruços e esfolar a cara na terra.
Eu sou uma imbecil.

segunda-feira, setembro 22, 2008

"Sobreviver é a salvação. Pois parece que viver não existe. Viver leva à morte."
(Clarice Lispector)

quinta-feira, setembro 18, 2008

É tudo questão de óculos

Meu gosto não bate com o popular. Pensei nisso esses dias, quando me dei conta de que acho vários caras bonitos que muitas meninas não acham/achariam. Será que nenhumazinha? Resolvi fazer uma lista com alguns:

- MARCELO ADNET

Ele é mala, ele não é gostoso, ele tem dois bigodes no lugar das sobrancelhas (de acordo com o Marcos Mion). Adnet tem tudo pra ser feio, mas não é. Não sei se é o humor besta dele, ele cantando o rap das FARC ou o fato de ele ter feito Mandrake (acho que esse é o fato mais relevante); mas alguma coisa no Adnet me faz simpatizar muito com ele e admitir que acho ele fofinho. Tá, eu acho ele bonito mesmo.
Isso causa risos no meu namorado e no meu irmão, mas fazer o quê?

ROGER FEDERER

Se formos analisar, o Federer é feio de dar dó. Ele tem um nariz batata power, um queixo gigante e, segundo o Seu Jorge, ele é a versão tenista do Tarantino. Acontece que o Federer é elegante, simpático, suíço, fala 5 línguas...enfim, é um cara culto, além de ser rico e ter olhos maravilhosos.

CÉSAR POLVILHO

Pra começar que ele é repórter do Pânico na TV, e o Pânico não é O.C. pra ter gente bonita. Ele tem entradas, tem os olhos saltados e apresenta seus quadros igual a um retardado, ou como se tivesse fumado um baseado. Não adianta, Cesár Polvilho me ganhou com seu sotaque carioca, seu bordão "ESCUTA, VAGABUNDO!" e sua cara de coitadinho. César é o cara.

JASON SCHWARTZMAN

Baixinho, narigudo e baterista da banda que toca o tema do O.C. E daí? ELE É UM COPPOLA. ELE ESTREOU NUM FILME DO WES ANDERSON. ELE É CO-ROTEIRISTA DO VIAGEM A DARJEELING. Ele é fofo como Max Fischer, maravilhoso como Jack (de bigodinho!), bonito até como o mongo Luís XVI, lindo até no papel besta que ele faz no "Bewitched" (o filme). Na real ele me encanta pelos seus papéis.
Jason Schwartzman é bonito. Pronto, falei.

AL PACINO (na casa dos 30 anos)

É o Al Pacino, porra. Não precisa de explicações.

quarta-feira, setembro 10, 2008

Hotel Chevalier

Esse curta é lindo, e um diálogo dele exprime perfeitamente como devem ser relações entre ex namorados:

_Ex-girlfriend (Natalie Portman): Whatever happens in the end, I don't wanna lose you as my friend.
_Jack (Jason Schwartzman): I promise, I will never be your friend. No matter what. Ever.


Por muito tempo acreditei que dava pra manter relações amigáveis com meus ex. Engano total. Sempre sobra um fio de raiva por parte de um, de amor por parte de outro, de indiferença de minha parte. Não sou radical a ponto de concordar com aquele "ditado" de que ex bom é ex morto; mas os quero, ao menos, bem distantes.

terça-feira, setembro 02, 2008

I wish I had a metal heart

Gostaria de ser menos flexível com as pessoas. Não tenho o menor dom para mandar (a não ser em namorados, hahaha), ser patroa.
Por exemplo hoje, quando tive que reclamar com a senhora que trabalha aqui em casa que a cabeceira da minha cama estava muito empoeirada. Fui um pouco grossa pra mostrar que eu 'tava insatisfeita, mas ela se mostrou super prestativa e foi limpar na mesma hora. Foi o suficiente pra me deixar com peso na consciência por ter sido estúpida.
Sou assim desde criança. Odiava quando via minha mãe dando "bronca" na nossa empregada ou nas funcionárias dela na clínica. Odiava quando me caía nas mãos "chefiar" algum grupo de trabalho na escola e precisar exigir mais dos meus colegas.
Quem é patrão é porque nasceu para ser patrão, por um lado deve ser gostoso, mas por outro a pessoa tem que agüentar poucas e boas.
Vejo pela minha mãe, o instituto de audiologia dela só é reconhecido pelo esforço que ela faz. É ela quem confere tudo, é ela quem fecha a clínica (às vezes depois das 22h), é ela quem tem menos dias de folga no ano, é ela quem tem que gritar com os outros quando a coisa 'tá ruim.
Por essas e outras que já vejo meu futuro pintado: fazer parte do proletariado, ter décimo terceiro, x dias de férias obrigatórios no ano, recesso em feriados, cesta de frutas no Natal...
E é assim que vai ser.

quinta-feira, agosto 28, 2008

Lê o jornal da semana passada com os óculos engordurados, tem preguiça de limpá-los. Na realidade, não sabe como não teve preguiça de ler o jornal.
Ultimamente não tinha mais vontade de nada, respirar parecia difícil.
Saudades da infância, da adolescência, daquele professor lindo de biologia, das amigas da faculdade, dos colegas de trabalho, da família. O tudo tinha virado nada.
Ela não sabia se poderia continuar, mas também não tinha coragem de acabar com tudo. Ou com nada.

sábado, agosto 23, 2008

Apelo

Ajudem a garota
Coitada
Uma linha fina sufoca seu coração

terça-feira, agosto 19, 2008

Surto

As inscrições pros vestibulares 'tão abrindo e eu não sei direito o que quero fazer da minha vida.
Essa é uma fase louca, eu só tenho 18 anos (-50 dias) e tenho que decidir o que vou fazer pro resto da vida. Como assim?
Quando eu tinha uns onze, perguntei pro meu pai que curso as pessoas que gostavam de ler e de escrever faziam. Ele me respondeu que faziam direito ou jornalismo, e foi aí que minha odisséia começou. Sim, com onze anos de idade e que se estende até hoje.
Ano passado eu decidi que faria direito. Faria direito, iria entender tudo de leis e de política. Afinal, gosto de história, filosofia e sociologia, o que teria a perder? Eu iria usar boina de feltro, sapato, participar de discussões, reviver 68. Depois de formada, iria fazer mestrado na França ou na Itália. Meu pai é advogado, 'tá no sangue. Já me imaginava até com a mochilinha do curso.
Mas aí as universidades abrem essas malditas inscrições, e me deparo com uma lista de cursos que morro de vontade de fazer. Além de direito e o tal do jornalismo, me encaram letras, história, desenho industrial, artes visuais, psicologia, cinema e vídeo (em algumas faculdades)...
Eu quero fazer direito, mas ao mesmo tempo quero escrever pra jornal, desenhar, dirigir, conhecer tudo de literatura... :~
E agora, José?

sábado, agosto 09, 2008

Bandidagem

- Ah, eu te amo querido!
- Linda.

Ela ama. Passa o café, lava as cuecas, cozinha, faz massagem. É Amélia.
Ele gosta.

- Hoje vou te fazer uma janta.
- Não, hoje vou no churrasco do Tiago.
- Ahhhhh, môr.
- Pô, não faz essa carinha, não. Perco o tesão de sair daí.
- Mas é que eu queria que você ficasse comigo...
- Ô, neguinha. A hora que eu chegar fico.
- ...
- Ah, num chora. Você sendo egoísta. Se continuar assim...
- Tudo bem, tudo bem. Só não chega muito tarde.
- Minha carona chegou. *beijinho*
- Eu te amo!

Ela chora.

"Já conheço os passos dessa estrada
Sei que não vai dar em nada
Seus segredos sei de cor
Já conheço as pedras do caminho
E sei também que ali sozinho
Eu vou ficar, tanto pior
(...)"

[Tom Jobim/Chico Buarque]

quarta-feira, agosto 06, 2008

Fantasia

Ela era coisa fina.
Maravilhosa, educada, inteligente. Estudada, falava sozinha em francês e não entendiam porra alguma. Tava estudando pra ser diplomata.
Gostava de comida requintada, de ópera, Vivaldi, Guimarães Rosa.
Conhecia todas as regras de etiqueta, gastava horrores com vestidos de Oscar de La Renta, só usava maquiagem Givenchy pra cima.
Não usava banheiro público.
Mas e na cama?
Na cama apanhava, gritava, era puta de quinta categoria.

sexta-feira, agosto 01, 2008

"Amiga parceira é amiga solteira."

Então nunca fui parceira.

Eu gosto de namorar, de verdade, e isso me resultou um número razoável (4) de namorados pra minha idade e um não tão razoável de quase namorados, mas tudo bem.
(não tenho planos de aumentar esses números)
Gosto de monogamia e não venha me chamar de retrógrada por isso.
Acho que o fato que explica tudo isso é o de que nunca gostei de baladas (pelo menos as de Guarapuava são uma merda), pegação, rala-e-rola. Esse tipo de lugar inspira a poligamia, querer experimentar tudo e todos. Não, isso nunca foi pra mim.
Quando eu namoro alguém, gosto de compartilhar as coisas, procuro me interessar pelos interesses (dã) da outra parte envolvida, gosto de conhecer os amigos...Mas não pense que sou uma machista que adora servir, muito pelo contrário, as coisas devem ser do meu jeito e ponto final.
Vivi bons e ruins momentos em cada relacionamento que tive, tudo bem que em alguns foram muito mais ruins do que bons, mas tudo faz parte de um aprendizado (inclusive o arrependimento).
Não sou letrada em assuntos de amor e paixão, mas posso dizer que as pessoas têm medo de se relacionar (homens e mulheres) e isso é triste, porque não tem nada melhor do que alguém que você ama te apoiando nas horas mais difíceis (e boas também, é claro).
Peço desculpas pelo meu discurso de menininha do séc. XIX, mas não troco meu namorado nem por mil amigas parceiras.

quinta-feira, julho 31, 2008

Em posição fetal, chorava com um bebê.
No acolchoado...o cheiro.

sexta-feira, julho 25, 2008

ET, telefone, minha casa.

Onde é minha casa? Com certeza não é mais em Guarapuava.
Descobri isso no primeiro dia das minhas férias, quando cheguei lá.
O meu quarto no apartamento da minha família não era só meu, também era da minha irmã de oito anos (a idade é só um mero detalhe, ela é mais sábia do que muita criança de dezoito). O quarto continua sendo dela, mas não é mais meu, quando entrei lá há 3 semanas atrás, percebi isso na hora.
São só os livros dela na estante, são só as coisinhas dela na cômoda, o computador tem um wallpaper que ela escolheu. Minhas coisas que ainda não vieram pra Curitiba habitam o armário: meus livros do Anglo, minha mochila velha, meu cubo Meteoro, o tripé da câmera, a caixa da câmera. Coisas que antes ficavam espalhadas pelo quadrado agora ficam entulhadas num guarda-roupa.
Não que eu ache isso ruim, eu preciso mesmo criar asinhas e sair do colo da mamãe...mas o foda é que eu ainda não considero "meu" (porque o cordão umbilical se extende até o aluguel) apê daqui de Curitiba minha casa.
=~

terça-feira, julho 22, 2008

Gelatina

Põe pó
Bebe
Bebe
Bebe
Balança

Amolece

Derreteu
(um miolo, dois miolos, três miolos...)

sábado, julho 19, 2008

Thirteen

É muito fácil me deixar nostálgica. Não sei se é porque meus anos anteriores foram muito fodas ou porque o presente é uma merda.
Ontem eu e meu namorado vimos "A Mão Assassina" na televisão, PUTAQUEPARIU, foi pedir pra eu ficar (quase) a tarde inteira me lamentando. Como meus 12, 13, 14 anos foram bons...e olha que não são anos MUITO distantes.
Sei lá o porquê de o começo da minha adolescência ter me marcado tanto, mas foram anos muito legais. Minha única obrigação era passar de ano no colégio e pronto, de resto eu só me preocupava em comer muita junkie food, ver filme trash e idolatrar o Blink 182 com as minhas amigas. Ah, sem esquecer o sonho de montar uma banda, e olha que eu até tocava guitarra...aliás, foi na escola de música que eu conheci meu namorado (PRA VALER, porque eu já tinha visto ele em uma festa de aniversário da minha melhor amiga, ele era melhor amigo do primo dela. Hahaha), ele também era "punk rocker" igual a mim! Que lindo, né?
Enfim...não quero pagar de experiente, vivida, até porque tenho consciência de que não sou merda nenhuma disso, nem parecer clichê, mas todo mundo fala que a faculdade é a melhor fase da vida e blá blá, não posso opinar nem sobre isso porque (se as "entidades quaisquer" colaborarem) só vou vivenciar tudo isso no próximo ano, pode até ser que seja uma época demais, mas acho que nada ganha da adolescência. O que há de melhor além de se descobrir coisas?






olha que coisinha fofa o Thomas, como eu não ia me apaixonar? :o


ps.: ouvindo - Green Day . Longview
AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHH

terça-feira, julho 01, 2008

Sobre ser limpinha

Não suporto gente porca. Seja homem ou mulher, mas acho que mulher porca é algo mais espantoso do que homem porco, um dos reflexos do machismo, né pessoal? Hahahaha.
Uma coisa que me intriga muito é o fato de existirem mulheres vaidosas que não são lá muito limpinhas. Sim, isso existe. Antes eu achava que eram coisas interligadas, mas vi que não.
Pensava eu que o ano de cursinho seria um ano em que eu me preencheria de cultura e conhecimento, e isso realmente está acontecendo, mas estou aprendendo mais sobre coisas (inúteis/fúteis) da vida cotidiana (vide outros posts que já fiz aqui) do que sobre a Revolução Bolchevique.
Quem fez Positivo sabe a quantidade de patrícias e maurícios que lá estudam. Eu estudo na sede da Vicente Machado e lá pipoca gente assim (isso que eu estudo no período da tarde), meninas com a sobrancelha simétrica e bolsas Prada de r$2.000,00.
Sempre tive uma admiração por essas pessoas, já que imagino começarem a se maquiar pelas 11h pra chegarem ao cursinho às 13h30 prontas para um desfile de moda. Minha vazia admiração acabou esses dias, por conta de uma situação que se repetiu diversas vezes, quando eu precisava usar uma "cabininha" do banheiro, após esta ser utilizada por alguma Bru, ou Cami, ou Pri, ou Karol...preciso desabafar:
DE QUE ADIANTA IR COM A MERDA DE UM TÊNIS DE R$500,00 PRA AULA E FAZER LUZES TODA SEMANA NO CABELO SE VOCÊ NÃO TEM A CAPACIDADE DE ENROLAR O ABSORVENTE SUJO EM UM PEDAÇO DE PAPEL HIGIÊNICO?

Pronto, falei.

quarta-feira, junho 25, 2008

sXe

Quando eu era mais nova, gostava muito de ir a shows de hardcore, em Guarapuava a cena era bem legal. Não que eu não ouça mais esse tipo de música, mas é bem menos, e faz tempo que não vou a um show (o último que fui faz quase um ano), até porque uma galera esquisita começou a freqüentar. Mas não é do povo podre que eu quero falar.
Nesse tipo de lugar é muito comum ver quem diga ser Straight Edge, acho que antes era bem mais fácil achar alguém que se julgasse um deles. Antes eu não entendia direito, achava uma coisa meio louca, pensava que quem participava do "movimento" era meio burro, por que, afinal, como assim não beber, não fumar...? Mas o que mais me intrigava era o fato de que a maioria deles prega o sexo somente com amor, sem promiscuidade. Achava isso ridículo. Não que eu fosse (ou ainda seja) uma pessoa que acha normal sair transando com qualquer um, sem conhecer direito, sem ao menos gostar, mas achava estranho pessoas se privarem disso, visto que a maioria era mais velha que eu. Os achava retardados.
Hoje eu vejo como eu raciocinava debilmente.
Será que nós, que estragamos nossos corpos com porcarias (não que eu não goste) e damos a honra de qualquer um(a) nos fazer gozar é que somos os cool? Ou quem tem prazer em se preservar está, na realidade, a mil passos à nossa frente?

sexta-feira, junho 20, 2008

Esquizofrenia

Catarina estava a cada dia mais desbitolada.
Ultimamente dava uma de desbravadora, achando barzinhos e fios de cabelo branco nos outros.
Seu último achado foi uma pintinha em um dos próprios seios.
Achou engraçado.

sábado, junho 14, 2008

Eu adoro House.
Um dos meus episódios preferidos é o "Hunting", da segunda temporada. Não gosto tanto do episódio pelo caso, apesar de ser bom, mas por um diálogo do House com a Stacy (ex-mulher dele).
Eles estão no sótão (?) da casa dela e ela conta que fuma escondida do atual marido. Fui procurar o diálogo na internet e encontrei:

Stacy Warner: Okay, I blow my smoke into the vents so Mark doesn't know.
Dr. Gregory House: I always knew it.
Stacy Warner: Bluffing!
Dr. Gregory House: You started two weeks after my surgery. Menthols, then lights after a month.
Stacy Warner: Why didn't you say anything?
Dr. Gregory House: 'Cause it helped me monitor your misery level. One trip outside was a good day, upwards of six you were hell.

Bem normal, né? Mas a minha parte preferida do diáologo 'tá faltando. É que o House pede desculpas por tê-la feito tão triste.
Pelo menos ele se desculpa...

sábado, junho 07, 2008

L'Origine du monde

Ontem tivemos pequenos tópicos sobre realismo, impressionismo, expressionismo, etc na aula de história. Sempre gostei de Monet e Renoir, mas Courbet consegue ofuscar esses dois facilmente, na minha humilde opinião.
Foi comentado sobre o famoso "A Origem do Mundo", do Gustave, que foi o quadro que o deixou famoso por ser muito...ousado, e desenhar com precisão o, digamos, tema abordado.
Achei interessante postar, como curiosidade, uma foto do quadro em um tópico da comunidade da minha sala de cursinho (burrice né, mas eu gosto de tentar interagir com pessoas que convivem comigo diariamente). Para minha surpresa (ou não) o tópico foi deletado pela moderadora algumas horas depois. Sinceramente, não entendi.
Fiquei imaginando se ela teria pensado que aquilo era uma "brincadeira de mau gosto", que meu orkut teria sido invadido, que eu seria uma depravada e coisas do gênero. Cheguei a cogitar que as pessoas da comunidade já teriam visto o tal quadro e por isso não havia necessidade de deixar o link lá. Mas, levando em consideração o nível cultural de 80% da minha turma, acho que essa última suposição não é muito plausível.
Que povo pudico. Se em 2008 um quadro como esse ainda causa espanto, imagine o que foi em 1866...

quinta-feira, junho 05, 2008

Guria reclamando com o colega ao lado sobre a leitura obrigatória do vestibular:
- Que merda que são esses livros. São Bernardo é do tempo da minha mãe!
Meu amor, é mais velho. Acredite.
Além do mais, o que uma pessoa tem na cabeça pra chamar Graciliano Ramos, Machado de Assis, João Antônio, entre outros, de merda?
Se gosto é igual cu, existem uns cus bem esquisitos por aí...

segunda-feira, junho 02, 2008

Metaforizando naqueles dias

Semana passada, o professor Yeso deu uma aula sobre metáfora, sinédoque, catacrese e outras coisas com nomes feios. Ele comentou que uma aluna havia feito uma frase muito boa, usando "tortura" como metáfora: Depilação é uma tortura.
Muito bom exemplo. Mas como ser humano do sexo feminino, acredito que existem torturas piores (sim, mulher sofre). Se é pra fazer metáfora, vamos lá:
Cólica menstrual é um gremlin após ter se molhado, dando nós nos meus ovários e virando cambalhotas no meu útero.

Não é assim?

sexta-feira, maio 30, 2008

Enjôo

- Que ódio, mãe! A Paulinha passou no vestibular, e eu não.
- Oh, amorzinho, não fique triste. Tenho certeza que ela se veste mal.


Como algumas pessoas podem ser tão fúteis, e o pior, incentivadas pelos próprios pais?
Não sei se fico triste ou revoltada.

Se nossas próprias vidas não tivessem cortes e edição, o diálogo teria que ser mais ou menos assim:

- Que ódio, mãe! A Paulinha passou no vestibular, e eu não. Tá certo que ela estudava 5 horas por dia, e abria mão das festas. Enquanto eu já tô repetindo o cursinho e mato aula pra ir ao shopping, além de não perder um pagodinho no final de semana!
- Oh, amorzinho, não fique triste. Tenho certeza que ela se veste mal. E no fundo, você sabe que mamãe prefere que você sempre esteja com roupinha de marca e namore um cara rico, ao invés de entrar em uma boa faculdade de engenharia, né?

quarta-feira, maio 28, 2008

Meu amor,

quero ir embora pro litoral catarinense, contigo. Só usar vestidinhos de algodão e te ver sem camisa em todos os dias da primavera e do verão. Quero aprender a tocar flauta transversal, te ensinar a tocar violão. Também a companhia de um beagle, de amigos verdadeiros, e mais tarde, de três crianças. Me manchar com suco de limão, por conta das caipirinhas, furar meu disco do Vinícius de Moraes, fazer luais, dançar nas ondas. Mas o que mais me interessa nisso tudo, é que eu poderia deitar minha cabeça em teu ombro por todas as noites que ainda me restam, com a brisa do mar nos abençoando.

terça-feira, maio 27, 2008

Um show de odor

Moro bem no centro de Curitiba. Entre a Praça Ozório e a Praça Rui Barbosa, pra ser mais exata.
Eu só saio de casa pra ir ao cursinho ou ao mercado. Só ando aqui por perto (Visconde de Nacar, Voluntários da Pátria, Comendador Araújo, Emiliano Perneta, etc), e vou dizer, a orgia de cheiros no centro é uma coisa sem igual.
Cheiro de suor, fritura, esgoto, perfume chique, perfume vagabundo, cigarro, lixo...Será que é tão ruim assim ou meu nariz é que é muito grande?
É o cheiro da metrópole...

quarta-feira, maio 21, 2008

Take a sad song and make it better

São 23h13 e eu deveria estar dormindo. Amanhã eu tenho aula à tarde, e é feriado. Sexta eu também tenho aula, e seria recesso. O time inglês pro qual torço ganhou o campeonato europeu, hoje. O Fluminense tá jogando com o São Paulo agora, eu ouço, e quero que o São Paulo perca. Eu gosto de futebol. Amanhã eu preciso levantar às 7h30, pra estudar. Ainda é maio, e o cursinho já tá me cansando. Às vezes eu tenho vontade de largar tudo e voltar pra asa da minha mãe, para meu pai latino-nipônico, para as bochechas da minha irmã, para a cama do meu namorado. Mas infelizmente, esse ano, Maquiavel, Mendel, Madame Curie, Constantino, bacias hidrográficas, matrizes inversas e propanoato de metila vêm antes deles.

Dizem que cabeça vazia é brinquedo do diabo. O problema é quando a cabeça está cheia!

domingo, maio 18, 2008

Ultimamente tenho dispensado o cafézinho, bebendo litros de chá de camomila.

quinta-feira, maio 15, 2008

Extensão

Já quis ser escritora, bailarina, desenhista. Quis jogar basquete, futebol, ser estilista, música ou musical. Quis ser atriz, de televisão e de teatro, jornalista, diretora. Queria ser a mais bonita, a mais inteligente, a mais bem vestida. Já quis ser tudo. E hoje? Hoje não sou ninguém.

sábado, maio 10, 2008

Cinza

Quando comento com alguém que as pessoas de Curitiba são muito fechadas, sempre respondem "Ah, é que curitibano é frio como a cidade." Ridículo. Guarapuava é infinitamente mais gelada e lá você engata conversas em portas de banheiro, em festas.
Se as pessoas daqui, da cidade do Vampiro, pendurassem um termômetro no pescoço, todos marcariam 0°C.

terça-feira, maio 06, 2008

Falta de ar

Já afogada em angústias, nadou, nadou e morreu na praia.

sábado, maio 03, 2008

Convívio

Uma das coisas mais "importantes" que aprendi sobre meu irmão, nesses dois meses que moro apenas com ele, é: de nada adianta fechar a porta (praticamente todas as portas do nosso apartamento não têm chave), ele entra sem bater, do mesmo jeito. Não importa se é do banheiro, do quarto, da cozinha. Se eu estou sozinha ou com meu namorado. Ele entra. Sempre.
Meu irmão tem vários defeitos, mas aprendi a lidar com todos. Assim como eu devo ter vários que o incomodam. Às vezes a gente perde a cabeça um com o outro. Normal.
Acontece que ele é meu irmão, eu convivo com ele faz 15 anos. Não é tão difícil, só às vezes, no mais, é bem suportável (hêhê).
O fato de ele também ter ido embora pra Curitiba foi uma das coisas mais "felizes" da minha mudança. Primeiro por ele ser da minha família, então teria uma gotinha de sangue meu lá, me apoiando, enchendo o saco. Segundo porque eu não teria que morar em pensionato.
Mais uma vez, me chame do que quiser, mas a idéia de dividir quarto/banheiro/televisão com alguém que não é da minha família me assusta.
Eu não gosto de conviver com os outros por obrigação. Família é obrigação, em partes, mas é SUA, e eu não tenho do que reclamar da minha. Com meu irmão eu tenho intimidade o suficiente pra reclamar por ter deixado a cozinha suja, ou a toalha molhada no sofá, ou até de dar uns 'pés do ouvido' quando estiver enjoada da cara dele. Com desconhecidos, não.
Mas acho que o pior de tudo é ter que morar com amiga. Não adianta. Sempre rola uma competiçãozinha entre mulheres, a chance de ela nunca te fazer algo indesejável é mínima, menor ainda é a chance de você não enjoar da cara dela de vez em quando.
Eu já reclamei aqui do fato de amigos praticamente não existirem, etc e tal. O que acontece, de verdade, é que não sou sociável por opção. E é claro que eu sofro com isso! Ou você acha que quando tenho vontade de sair, olho minha agenda e encontro apenas umas três pessoas que eu não ficaria irritada por passar mais de duas horas, fico feliz?
Por isso que prefiro retardar ao máximo convivência indesejáveis. É claro que um dia (logo) vou entrar (finalmente) na faculdade, trabalhar, daí conhecer pessoas irritantes...Mas até lá, prefiro ficar com meus três contatos.

Doce

Domingo passado queimei meu nariz, ficou cheirando a amendoim torrado.
Quando eu fico feliz, sinto cheiro de sonho de creme na rua.
Isso não é loucura?

sexta-feira, maio 02, 2008

(Banco Imobiliário no Charlie Brown)
Schroeder: Você me deve 1.275 dólares, por favor.
Lucy: Schroeder, Schroeder, que tal um beep no nariz?
Schroeder: Um o quê?
Lucy: Um beep no nariz é sinal de grande afeto.

Adoro o fato de meu namorado gostar da turma do Minduim.
E de me fazer uma das gurias (não digo 'a mais' porque seria muita pretensão) mais felizes do mundo.
Mil beeps no seu nariz, Thomas.

terça-feira, abril 22, 2008

Longitude

Catarina era uma menina engraçada. Não gostava de ser Catarina, nem de Aragão, nem de nada. Queria é ser Julia, de Lennon e McCartney.
Fazia cara feia pra tudo.
Não gostava de coisas que sequer conhecia.
Não sabia dirigir.
Dizia que conhecia o mundo, mas nunca passou de Greenwich.

sexta-feira, março 21, 2008

You love blow and i love puff

O tempo não cura. Ameniza, mas não cura.
Morte, amor, decepções (os dois últimos interligados, às vezes)...vou escolher apenas um.
Gosto de comparar amores a vícios. Amores de "homem x mulher", não que os de amigos, família, etc não sejam importantes, mas o carnal é muito mais necessário, na maioria das vezes.
Quando a paixão rende, vira amor. É uma coisa louca, com doses cavalares diárias. Não precisa ter língua, sexo, SEMPRE, só a mãozinha dada já basta - em último caso, é claro.
Mas e quando uma das partes enjoa? Sei lá, quer uma droga diferente, ou a recuperação (raramente)?
A abstinência dói, mas, aos poucos, sem ver, sentir, engolir, você tem (ou acha que teve) uma ótima reabilitação. Mas sem heroína, você precisa de metadona, então, vai atrás de outras pessoas.
Você gosta, e o efeito é razoável, supre sua necessidade. Se apaixona, mas não rende, então começa a ficar meio chato. Pula pra outra, e outra, e outra...
Pode passar um tempo, bom, mas aí, um dia, do nada, você dá de cara com a primeira droga, aquela do efeito sem igual, a melhor e mais cara. Aí, fodeu, porque se ela se mostra acessível, você até tenta resistir, mas em vão, afinal, quem pensa 100% com o cérebro?
Você quase beira a overdose.
Bem clichê: "que seja infinito enquanto dure."
Não há cura para o vício...

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Fornication Under Consentiment of the King


Toda vez que assisto a Californication , milhares de dúvidas surgem na minha cabeça, mas a mais "importante" talvez seja:
_ Como o Hank consegue pegar tanta mulher?
Só há duas respostas plausíveis para isso:
1 - As mulheres de Califórnia são muito putas;
2 - Ele é muito sortudo.
Ou talvez seja só ficção mesmo...

domingo, fevereiro 24, 2008

Que país é este?

Quem for assinante UOL e/ou da Folha de São Paulo, leia: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2402200817.htm
Se não, vou resumir aqui.

"Homem está preso há 4 meses por furtar queijo"
'O artista plástico José Luciano da Silva Júnior, 27, está preso há mais de quatro meses em uma cela de cerca de 6 m², que tem infiltrações, em um DP de Maceió(...)está preso porque furtou uma lata de leite e um pacote de queijo.
A primeira passagem pela polícia de Ninho (apelido dado pelos colegas de cárcere, em referência à marca do leite) foi no ano de 2006, por furtar uma lata de leite, mas ele ganhou o direito de responder ao crime em liberdade, por ser primário.
(...)se sustentava vendendo pequenos quadros para turistas, se juntou com uma mulher e passou a ajudar a criar o filho dela. Contudo, há quatro meses, cometeu um novo furto: um pacote de queijo. "O queijo era para o menino [seu enteado], que tem três anos", disse.(...)'


E sexta-feira eu li na Folha de Londrina, que um homem que estuprou uma professora (e era identificado como ter tentado abusar de mais duas mulheres) estava em liberdade por TER CONFESSADO O CRIME. A população ficou revoltada (não é pra menos), e já 'tava distribuindo cartazes com o rosto do criminoso pra moçada linchar, porque a polícia não podia fazer nada, coitadinha.
VERGONHA.

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Insanidade noturna

_ Cara, você tem que se ligar com que tipo de mulher tá se metendo!
_ Tá, tá.
_ Não! Tô falando sério. Dizem que ilude muito o coitado, rouba dinheiro, se o cara é casado, destrói a família...se me falassem que chupa sangue do pescoço, ou envenena a moçada, eu não duvidaria.
_ Por favor, cara! Quem te falou esses absurdos? Catarina é divina.
_ Ah, no escritório, no barbeiro...todos dizem que é uma desgraçada.
_ Eu gosto de desgraça.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Decepção é a pior das dores.



"Mesmo que eu pudesse controlar a minha raiva,
mesmo que eu quisesse conviver com a minha dor,
nada sairia do lugar que já estava
não seria nada diferente do que sou."
(Matanza)

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Por que todo mundo prefere deitar na parte gelada do travesseiro?
Acho que ajuda a sonhar melhor.

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Engraçado como as coisas mudam, as pessoas, os hábitos.
Veja só, o ano já tem 17 dias e eu ainda não escrevi nada aqui.

Pois bem...esse ano vai ser um pouco caótico.
Faço 18 anos (primeiro espera-se ansiosamente pelos 15, não é que passou rápido?), vou mudar de cidade e morar apenas com meu irmão de 14 anos. E por último (e não menos - nem um pouco menos - importante), eu preciso passar no vestibular.
É.
Pra ter pelo menos uma promessa de começo (?) de ano, prometo que vou postar mais aqui até eu ir embora, porque depois que meu cursinho começar, minha vida cybernética (haha) será muito, muito escassa.