terça-feira, setembro 23, 2008

Silly girl

É incrível a minha capacidade de ficar chateada com coisas aparentemente sem importância, como aconteceu hoje.
Sábado vai rolar a Super Revisão do Positivo, lá no Teatro Positivo (que é lindo). Super Revisão é uma parada que acontece uma vez por trimestre, em que a banda dos professores toca, eles apresentam alguns tópicos das máterias e por aí vai.
Essa de sábado vai ser a última e pelo jeito a mais legal. Vai ter um show de física, depois a banda dos professores e por último a gente vai ver o espetáculo Tangos e Tragédias.
O fato é que cada aluno tem direito a somente um convite; isso é uma merda, já que tem gente querendo levar namorado, irmão, amigo, etc. Como alguns alunos não vão, estão dando seus convites aos que querem levar alguém. Aí começou meu drama.
Minha família vem pra cá esse final de semana e eu queria levar meu namorado junto comigo ao Teatro. Uma colega minha do cursinho garantiu que daria o ingresso dela pra mim (a gente só poderia pegá-los a partir de hoje cedo) e eu fiquei tranqüila.
Para minha surpresa (ou não), quando cheguei ao cursinho hoje à tarde descobri que a guria que tinha me prometido o ingresso já tinha pego o dela pra ela e ainda 'tava procurando alguém que não fosse, pra ela levar uma amiga de fora!!!!!!!
Ok, eu sei que ela não tinha obrigação nenhuma e blá blá. Mas poxa, ela tem o meu orkut, custava ter deixado um recadinho de manhã avisando que tinha resolvido ir? Se ela não tivesse me avisado somente às 14h, talvez eu tivesse conseguido com outra pessoa. Na verdade eu constatei com algumas que já tinham doados seus convites e soube que se eu tivesse procurado elas uns 20 min antes, eu teria conseguido.
Motivo pra me deixar triste e ter vontade de chorar.
Daí quando percebi que todas as pessoas do mundo menos eu tinham conseguido seus ingressos "ilegais", eu caí no choro (é muito fácil me fazer chorar, assim como é fácil me fazer rir). Chorei igual a uma idiotona, como o Max Fischer chorou ao ser informado de que seria expulso da Academia Rushmore.
Agora tô com o nariz vermelho, os olhos inchados e querendo arrancar meus próprios cabelos por ter chorado por algo tão besta. O pior de tudo é que ainda tô triste. E tô ouvindo Eliott Smith, o que me deixa perto de cometer um suicídio.
A questão não é nem o "show" que, provavelmente, vou perder. É o fato de ter criado expectativas em cima disso pra depois cair de bruços e esfolar a cara na terra.
Eu sou uma imbecil.

segunda-feira, setembro 22, 2008

"Sobreviver é a salvação. Pois parece que viver não existe. Viver leva à morte."
(Clarice Lispector)

quinta-feira, setembro 18, 2008

É tudo questão de óculos

Meu gosto não bate com o popular. Pensei nisso esses dias, quando me dei conta de que acho vários caras bonitos que muitas meninas não acham/achariam. Será que nenhumazinha? Resolvi fazer uma lista com alguns:

- MARCELO ADNET

Ele é mala, ele não é gostoso, ele tem dois bigodes no lugar das sobrancelhas (de acordo com o Marcos Mion). Adnet tem tudo pra ser feio, mas não é. Não sei se é o humor besta dele, ele cantando o rap das FARC ou o fato de ele ter feito Mandrake (acho que esse é o fato mais relevante); mas alguma coisa no Adnet me faz simpatizar muito com ele e admitir que acho ele fofinho. Tá, eu acho ele bonito mesmo.
Isso causa risos no meu namorado e no meu irmão, mas fazer o quê?

ROGER FEDERER

Se formos analisar, o Federer é feio de dar dó. Ele tem um nariz batata power, um queixo gigante e, segundo o Seu Jorge, ele é a versão tenista do Tarantino. Acontece que o Federer é elegante, simpático, suíço, fala 5 línguas...enfim, é um cara culto, além de ser rico e ter olhos maravilhosos.

CÉSAR POLVILHO

Pra começar que ele é repórter do Pânico na TV, e o Pânico não é O.C. pra ter gente bonita. Ele tem entradas, tem os olhos saltados e apresenta seus quadros igual a um retardado, ou como se tivesse fumado um baseado. Não adianta, Cesár Polvilho me ganhou com seu sotaque carioca, seu bordão "ESCUTA, VAGABUNDO!" e sua cara de coitadinho. César é o cara.

JASON SCHWARTZMAN

Baixinho, narigudo e baterista da banda que toca o tema do O.C. E daí? ELE É UM COPPOLA. ELE ESTREOU NUM FILME DO WES ANDERSON. ELE É CO-ROTEIRISTA DO VIAGEM A DARJEELING. Ele é fofo como Max Fischer, maravilhoso como Jack (de bigodinho!), bonito até como o mongo Luís XVI, lindo até no papel besta que ele faz no "Bewitched" (o filme). Na real ele me encanta pelos seus papéis.
Jason Schwartzman é bonito. Pronto, falei.

AL PACINO (na casa dos 30 anos)

É o Al Pacino, porra. Não precisa de explicações.

quarta-feira, setembro 10, 2008

Hotel Chevalier

Esse curta é lindo, e um diálogo dele exprime perfeitamente como devem ser relações entre ex namorados:

_Ex-girlfriend (Natalie Portman): Whatever happens in the end, I don't wanna lose you as my friend.
_Jack (Jason Schwartzman): I promise, I will never be your friend. No matter what. Ever.


Por muito tempo acreditei que dava pra manter relações amigáveis com meus ex. Engano total. Sempre sobra um fio de raiva por parte de um, de amor por parte de outro, de indiferença de minha parte. Não sou radical a ponto de concordar com aquele "ditado" de que ex bom é ex morto; mas os quero, ao menos, bem distantes.

terça-feira, setembro 02, 2008

I wish I had a metal heart

Gostaria de ser menos flexível com as pessoas. Não tenho o menor dom para mandar (a não ser em namorados, hahaha), ser patroa.
Por exemplo hoje, quando tive que reclamar com a senhora que trabalha aqui em casa que a cabeceira da minha cama estava muito empoeirada. Fui um pouco grossa pra mostrar que eu 'tava insatisfeita, mas ela se mostrou super prestativa e foi limpar na mesma hora. Foi o suficiente pra me deixar com peso na consciência por ter sido estúpida.
Sou assim desde criança. Odiava quando via minha mãe dando "bronca" na nossa empregada ou nas funcionárias dela na clínica. Odiava quando me caía nas mãos "chefiar" algum grupo de trabalho na escola e precisar exigir mais dos meus colegas.
Quem é patrão é porque nasceu para ser patrão, por um lado deve ser gostoso, mas por outro a pessoa tem que agüentar poucas e boas.
Vejo pela minha mãe, o instituto de audiologia dela só é reconhecido pelo esforço que ela faz. É ela quem confere tudo, é ela quem fecha a clínica (às vezes depois das 22h), é ela quem tem menos dias de folga no ano, é ela quem tem que gritar com os outros quando a coisa 'tá ruim.
Por essas e outras que já vejo meu futuro pintado: fazer parte do proletariado, ter décimo terceiro, x dias de férias obrigatórios no ano, recesso em feriados, cesta de frutas no Natal...
E é assim que vai ser.