sexta-feira, fevereiro 26, 2010

acredite se quiser

E aí que eu estava ouvindo uma música do Oasis que diz “I tried to talk with God to no avail / Called him up in-and-out of nowhere / Said ‘If you won't save me, please, don't waste my time’”¹ e percebi que, incrível!, isso é tudo o que eu sempre quis dizer sobre deus/religião.
Durante minha vida fui apresentada a uma quantidade razoável de crenças: estudei em um colégio de freiras, freqüentei algumas vezes um centro espírita em Guarapuava com a minha mãe, estudei também em um colégio presbiteriano. Sempre tentei encontrar esse deus de quem tanto falam e...nada. Não sentia absolutamente nada rezando, indo à igreja ou fazendo o “bem” aos outros.
Esses dias eu estava dando uma olhada no orkut de uma menina evangélica da minha faculdade (espiadinha, a gente não se vê só na Globo) e acontece que ela montou um álbum só com fotos de jovens “descolados” e com dizeres religiosos, fotos criticando vícios (uma das fotos era de uma seringa com COCA-COLA: “todo vício é ruim”)  e até uma foto de um casalzinho desses indie bem bonitinho com os dizeres “nem tudo que dá certo é certo”. Opa, COMO ASSIM? Então você deve abrir mão de várias coisas da sua vida por causa de uma crença em um deus que sabe lá deus (opa) realmente existe? Que você não pode fumar um cigarrinho, ou tomar um café e uma coca-cola, ou ouvir Lovage, ou fazer sexo, ou namorar alguém que pode ser super legal mas não é da mesma religião que você por causa de um possível AMIGO IMAGINÁRIO?
Veja bem, eu não estou criticando quem tem uma religião, quem acredita em deus, quem curte ir à igreja, etc; eu estou criticando essa coisa louca de deixar de aproveitar coisas gostosas da vida por causa disso. Veja bem [2], eu não estou dizendo que acho legal sair por aí fazendo bacanais enquanto se cheira cocaína, mas se isso te faz feliz, who cares? Ficando naquela história de “sua liberdade acaba quando começa a do outro” está tudo certo.
E é bem aquilo que um dos Gallagher canta: eu não vou perder tempo com algo que não vai me “salvar” se eu for feliz do jeito que realmente quero. 




¹ Falling down

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

primeiro encontro

é que meus pés doíam e eu precisava de um lugar pra sentar. ele dormia no sofá. o acordei. me deu um ladinho. e eu lhe dei meu coração.

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

nascimento

estranho pensar que existia vida antes de você; que fiz planos, obtive sucesso, falhei, tive outros, quis sumir, quis morrer sem ter a menor ideia de que você existia.
estranho lembrar que antes de você eu não sabia o que era ter pés encostando nos meus de madrugada, dizer tudo o que acho engraçado sem parecer (muito) imbecil, ter vontade de deixar a cama arrumada, fazer parte de outra pessoa.
mas você existe. e agora eu sei.

fique. sempre.