sábado, setembro 30, 2006

Correu, correu, correu...estava ofegante.
Foi estúpido, tinha feito merda. Socou uma lixeira próxima, o que lhe rendeu uma bela dor na mão direita.
Sua horrível mania de reparar apenas nos defeitos. Ela era perfeita, o jeito como ela acendia o cigarro, o jeito que sorria, como cruzava as pernas. Mas é claro que só reparara nisso quando, mais uma vez, conseguiu estragar tudo.
O prédio era velho, subiu cada degrau com cautela.
8. A pequena morava ali, tocou a campainha uma, duas, três vezes.
- Sou eu, meu bem, SOU EU! - gritava através da porta.
Quatro, cinco, seis, sete vezes. Girou o corpo 180º e foi embora.
Da janela, 'covarde'. - ela pensou.

'Eu errei
Fazendo a coisa certa
E perdendo toda a essência
Acho até que não preciso de você...
quando preciso de você'
(Poléxia - Eu te amo, porra!)

terça-feira, setembro 26, 2006


E no final das contas, a Colombina tinha é que ficar com o Pierrot. Porque pra mim, o que conta é o tal do lado B da história, não é nada pessoal. Ou talvez seja.

terça-feira, setembro 12, 2006

Metáforas

Não se importe se o esmalte está descascando, se o cesto de roupa suja está lotado ou se elas estão velhas, se a televisão ainda está ligada ou se a secretária eletrônica cospe recados.
Esqueça os porta-retratos de ponta cabeça, ou troque as fotos.
Tome mil potes de sorvete de dois litros, e quando a comida congelada lhe embrulhar o estômago, não se esqueça de sair para viver.