segunda-feira, agosto 27, 2007

"Eu queria poder comer o sal dos seus lábios enfraquecidos e perdidos."
(Interpol - Obstacle 1)

Queria mesmo...
e com limão.

quinta-feira, agosto 23, 2007

Bonecos de neve

Quando se tem 16/17 anos, você acha que é a melhor do mundo. Pensa que é a mais bonita (por mais que insista em se achar horrível), a mais legal, a mais inteligente. Porque, afinal, você tem o cabelo liso por natureza, é magra - a genética ajuda muito, e seus olhos não são nem castanhos, nem verdes, o que forma uma cor sensacional. Sabe escutar todo mundo e fala bem. Lê quadrinhos do Lourenço Mutarelli, conhece todos os filmes do Hitchcock, entende a sexualidade do Bertolucci e comeu Cidade de Deus com apenas onze anos. Ah, sem esquecer que você toma muito café e lê jornal - isso, para um quase-adulto, é um símbolo de maturidade!
Nessa época, você sempre tem um namorado, sempre! Um que é uma graça, que sabe tocar guitarra, te enche de presentes e gosta tanto da sua banda preferida quanto você. Você o ama, e acha que vai durar para o resto da vida. Faz planos, inventa uma assinatura com o sobrenome dele, procura nomes para seus filhos. É pra sempre, e você tem certeza. Você pensa que já é uma mulher, age como uma mulher...e ele te trata como uma mulher.
Até que chega um dia, e você percebe que nem tudo é como você queria/imaginava. Ela não é inteligente, não é legal, tampouco é bonita. Mas ele se deixou levar.
Não importam quantos livros você já leu, como você penteia seus cabelos ou que entende as músicas do Pink Floyd. Agora você só se sente um lixo, e se porta como tal. Não come mais, não dorme mais e não faz mais planos.
Você só quer matar...e morrer.
E, de quase-adulta, você se transforma na menininha mais estúpida que alguém poderia conhecer.

segunda-feira, agosto 20, 2007

Jazz e limonada

Desabo
E quando vejo, outro maço acabou
Desabo
Danço
Bebo
Desabo
E quando vejo, já amanheceu
Sorrio