sábado, setembro 11, 2010

NOVA CASA

Meu blog agora é

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O conteúdo daqui foi todo exportado pra lá. Visitem-me na casinha nova. :)


Mil beijos!

sexta-feira, agosto 27, 2010

enxaqueca

o nariz sangra e
a cabeça dói,
mas o coração
dança

quinta-feira, agosto 19, 2010

Pelo direito de dormir

São Paulo, Atlético Paranaense, Sport Club do Recife. Praticamente todos os times de futebol que odeio, eu odeio por causa da torcida – com exceção do Corinthians, já que ódio por ele é algo que já nasce no coraçãozinho de qualquer palmeirense. Ontem, o Internacional de Porto Alegre entrou pra essa lista.
Não rola essa raiva só porque meu professor de Penal III (gremista fanático) prometeu 0,5 ponto pra cada aluno da turma caso o Chivas ganhasse a Libertadores da América, uma vez que ele diz acreditar em pensamento positivo (ou negativo?) e contaria com o nosso para que o time mexicano fosse campeão (haha). Rola essa raiva porque moro na esquina da Avenida do Batel aqui em Curitiba e ontem de madrugada um bando de colorados resolveu se instalar em frente ao shopping Crystal e tocar o horror.
Não sei a que horas a zona começou, só sei que acordei 1h30 com ela já instaurada e até eu conseguir pegar no sono de novo, lá pelas 2h40, ela ainda estava montada. Tambores, vuvuzelas, buzinas, muitos gritos e gente no meio da rua se jogando na frente de carros que não tinham NADA A VÊ com aquilo tudo. Nesse tempo em que fiquei acordada liguei pro 190, não sendo atendida em nenhuma das vezes em que telefonei. Quer dizer, e se tivesse acontecendo uma coisa realmente séria aqui na frente da minha casa? Como esse mesmo professor de Penal diz, enquanto deveríamos investir um bom tanto de dinheiro na polícia científica, investimos tudo na polícia militar, e pelo jeito nem assim ela funciona.
Provavelmente essa bagunça ocorreria se qualquer time relativamente grande brasileiro fosse o campeão das Américas. O que me deixa com raiva em um primeiro momento não é o time que “causou” isso - nem o fato de ver um time que não é o meu ganhar um campeonato desse nível me deixa (muito) irritada -, mas sim essa falta de respeito de algumas pessoas com as outras. E ontem quem mostrou essa falta de respeito foram os torcedores do Internacional – claro que ver o CELSO ROTH ganhar uma Libertadores incomoda um pouco, mas, né.

terça-feira, agosto 17, 2010

Always love

Queria aqui deixar registrado o meu agradecimento para todos os seres cósmicos (?) que têm proporcionado as coisas boas que vêm acontecendo na minha vida. Eles sabem que não preciso de um milhão de amigos ou de reais pra me sentir completa (embora dinheiro seja bem vindo pra qualquer pessoa normal).
Por mais chata e crítica que eu seja, no fundo, como já andei dizendo por aí, somos todos uns carentes & egoístas, e amor nunca é demais (por mais brega que isso possa soar). 
É muito bom se sentir querida.
Obrigadinha.

sexta-feira, julho 16, 2010

terça-feira, julho 13, 2010

diabetes

na cozinha fria
enquanto as migalhinhas
se perdem
pela toalha xadrez
(vermelha e branca)
do coração escorre
(doce)
geléia de amora

segunda-feira, junho 28, 2010

Pelo direito de gostar de futebol

Ontem eu coloquei uma bandeirinha da Argentina no meu avatar do twitter. Quem me conhece mesmo sabe que, acima de tudo, aquilo foi uma brincadeira; eu coloquei porque achei engraçado (senso de humor doente? Não sei.). Quem não me conhece veio criticar e/ou dar indiretas.
Eu sempre assisti aos jogos da Copa do Mundo por causa do jogo, da minha paixão pelo esporte, e não por alguma seleção (paixão por time é só pelo Palmeiras). De acordo com o que eu penso, quem tem um futebol mais bonito merece ganhar mais e ponto final. Em 2002? Foi Brasil na cabeça. Em 2006? Não, obrigada. Esse ano eu acho que é a Argentina que merece, ignorando toda essa nossa "rivalidade" histórica com eles. 
Não é nada contra quem torce muito, vibra, chora & morre pela seleção brasileira, só que acontece que eu não consigo, e é muito chato esse povo que vai com quatro pedras na mão pra cima de alguém que não acha que o Brasil é a seleção que mais merece ganhar a Copa (pior quem confunde preferir o futebol de outra seleção com torcer contra o Brasil – eu jamais torceria contra a seleção do meu país, independentemente de quantos babacas façam parte dela ou quão ruim ela esteja jogando).
Hoje de manhã eu ‘tava pensando nessa história toda e acho que isso é coisa bem típica de brasileiro mesmo, pelo menos aqui do sul. Mora em cidade X, mas diz que prefere Y? É pisoteado. Mora no Paraná e torce pra algum time de São Paulo? Querido, você merece a forca.
Eu não estou dizendo que devem concordar com isso, mas sim que devem aceitar a opinião do outro de forma não agressiva. Eu sei que esse negócio de paixão é complicado e neguinho vira bicho com quem discorda, mas ser racional é o que nos difere dos outros animais, não?
Eu entendo e respeito (muito) quem é mais nacionalista que eu (mesmo que seja só em época de Copa do Mundo) e não consegue enxergar além da seleção canarinho, apenas quero ter minha opinião respeitada também (sequer espero aceitação), sem ser tratada como um demônio de mullets. Apenas isso.



(Ah, só mais uma coisa: você que não sabe o que é um impedimento ou quem é o melhor jogador do mundo, pode falar o que quiser, mas seu posicionamento não conta pra mim.)

domingo, junho 27, 2010

Revolução no quiosque

Sexta-feira, após uma estressante ida ao TRT, resolvi me presentear com uma casquinha de baunilha dum quiosque do Bob’s que fica ali no Shopping Omar.
Cheguei feliz porque só tinha um casal na minha frente, e os atendentes daquele quiosque são os mais lerdos ever. Beleza. O cara (gordo) pediu uma casquinha; fiquei feliz porque significava que o atendente não ia demorar muito. A mulher (obesa) pediu um milkshake grande (e de MORANGO. Se fosse de ovomaltine eu perdoava, né?); me desesperei, porque eles demoram mil anos pra fazer uma batidinha de sorvete, mas resolvi respirar fundo e não me estressar mais.
Quando o atendente foi pegar minha casquinha, eu reparei numa coisa muito séria: não tem pia no quiosque e nem uma mísera garrafinha de álcool em gel!

"Me vê uma casquinha de baunilha com tuberculose, fazendo o favor?"

Ok que o moço sempre pega a casquinha com um guardanapo, mas, cara, ele mexe com dinheiro o dia todo, é impossível que todas as bactérias e vírus malignos sejam barrados apenas por um guardanapinho. Forcei a memória e não me lembrei de já ter visto alguma pia em quiosque do Bob’s ou do McDonald’s.
Se isso fosse só nos quiosques de sorvete até que tudo bem, mas já parou pra imaginar como é a higiene nos restaurantes? Na padaria? Da tia que faz brigadeiro pras suas festinhas?
Pensei nisso um pouquinho e logo tirei da cabeça; a casquinha tava muito boa pra ser estragada por pensamentos microbianos.

quinta-feira, junho 24, 2010

Superporres

Eu entendo pessoas que não gostam de celebridades (principalmente de “subcelebridades” brasileiras), de verdade, até porque não sou uma defensora ferrenha dessa classe (vide o Na Boa,..., que pretendo ressuscitar algum dia), mas isso não significa que eu não me divirta, e muito, em sites tipo Ego, Retratos da Vida, etc.
Não estou obrigando você que não gosta a se divertir como eu ou aceitar que a mídia dê tanto espaço pra esse tipo de gente, só estou pedindo pra não reclamar.
Não, não estou falando de reclamações “saudáveis”, mas sim desse pessoal que reclama como se a fome na Etiópia fosse culpa do Alemão do BBB. Reclamam de alguma notinha sobre uma dançarina do Pânico na TV atravessando a rua como se a “notícia” tivesse simplesmente saltado no meio de uma matéria sobre a economia tailandesa. Oras, como o Maurício sempre diz, esse tipo de notícia está numa sessão bem auto-explicativa dos jornais/sites: ENTRETENIMENTO – sem contar que só clica ali quem quer.
Já critiquei o BBB, mas vejo como foi besta; a intenção do programa é divertir, mas se você não se diverte ao ver como os seres humanos podem ser tão estúpidos, muda pro National Geographic. Não curte ver a Luciana Gimenez entrevistando prostituta? Muda pro Discovery Channel então.
Veja bem, eu não estou defendendo e dizendo que acho lindo ver um monte de bundas desfilando na telinha da Globo ou o Oliver do finado programa do João Kléber mostrando sua dança do Clube das Mulheres na Redetv!, eu acho engraçado. E só porque eu gosto de ver esse tipo de coisa ou ler a Retratos da Vida não significa que eu não gosto de um entretenimento mais “sério” ou “inteligente”.
Vamos lá, a lógica não é difícil: não gosta de ver, muda o canal ou desliga a TV; não gosta de ler, clica no X do canto superior da tela. ;)


p.s.: amo o Belo, Latino & Mirella e sonho com o retorno da Casa dos Artistas.

segunda-feira, junho 21, 2010

Agent Cooper way of life

Sabem, às vezes fico me perguntando se eu sou a única pessoa decente do mundo. Ok, não a única, já que o Maurício também é bem decente.
Não estou dizendo que eu sou um anjo de candura , uma filha ou aluna exemplar – pra mim decência não tem a ver com isso. Eu já roubei chocolate do mercado, bebo pinga às vezes e tenho um relacionamento saudável com meu namorado. Mas eu jamais trairia alguém (amigo ou namorado), mentiria  alguma coisa capaz de comprometer uma pessoa, roubar algo mais “sério”, etc.

IDWT - In Decency We Trust

‘Tou falando sobre isso porque vejo como o mundo anda meio doido diante do meu conceito de “decência”, principalmente em questões de relacionamento. Olha, me perdoem se acharem meu pensamento meio retrógrado ou blá blá blá, mas eu prezo, sim, por fidelidade (não só num relacionamento amoroso). Claro que lealdade é muito importante, mas fidelidade é mais, caso contrário não teria escolhido viver monogamicamente (?). Acho que as pessoas só acham a poligamia algo bacana quando não têm alguém de quem gostam de verdade, mas essa é uma opinião mais que pessoal. Digo isso porque, cara, a quantidade de traições que eu tenho visto ultimamente! Eu sei que temos que viver pra nós e não pros outros e supostamente devemos fazer o que nos dá vontade, mas existe uma coisinha chamada “respeito”, e outra chamada “franqueza”. Não sei como esse povo consegue viver normalmente após trair alguém que diz amar, ou continuar com o “amado”, mas enfim...
Também fico brava com esse pessoal que acha que bebida é desculpa pra fazer merda. Desculpa, amigo, não é. Eu sei que a gente fica mais vulnerável quando bebe e quer viver la vida loca, mas você não se transformou no Incrível Hulk só porque bebeu uma garrafa de jurupinga. Você bebeu e acabou parando na cama do vizinho? Malz aê, então você sempre foi uma vadia. Bebeu e acabou pegando um travesti? Ronaldo.
Ai, eu sei que às vezes parece que o mundo mei’ que prende a gente, que dá vontade de sair correndo pelado, xingando todo mundo, etc. Fale por você, mas pra mim decência não é sinônimo de falta de liberdade.  
Quando escrevi aqui sobre religião, disse que tudo valia desde que não interferisse na liberdade do outro. Pra decência o raciocínio é meio parecido, mas ao invés de liberdade acredito que tudo vale desde que não machuque o outro.

sábado, junho 12, 2010

Nouvelle Merde

Olha, eu sou uma pessoa um pouco preconceituosa pra coisas de vanguarda. Ok, o movimento modernista foi jóia e a nouvelle vague foi bacanona, mas isso é o máximo que eu posso suportar; coisas-arte são um saco (desculpa, Philippe Garrel, mas “Amantes Constantes” é uma bosta).
Estou falando isso porque essa semana eu lembrei de um teatro que eu e o Maurício fomos ver em novembro do ano passado, quando a gente nem namorava ainda. A peça se chamava “Chiclete & Som” e tratava das obras do Caio Fernando Abreu de uma forma geral. “Ôpa, vâmo lá!”.  A apresentação era no Teatro Universitário de Curitiba (TUC) e o meu medo já começou aí. Por que se falam de algo “universitário” eu já imagino um monte de estudantes de ciências sociais com rasteirinhas de couro (falso, porque são todos vegans) e dreads no cabelo? Enfim, fomos lá ver qualéqueera.
Não vou ficar explicando aqui o que acontecia na peça toda, como era o elenco, etc & tal, apenas posso resumir que essa masterpiece envolvia mulheres ficando peladas, sangue falso, penas e farinha.
Ao lembrar dessa maravilha, fui procurar algo no Google sobre esse teatro e achei bons comentários; um cara chegou a dizer que “o Caio Fernando Abreu deve ter tido uma ereção no túmulo” (o que me fez imaginar a cena e não foi nada engraçado). Ah, claro, só se a ereção foi por conta de umazinha que ele bateu de tão entediado que ficou com a apresentação.
A questão aqui não é se a peça era realmente ruim ou confusa ou ruim & confusa, é entrar na minha cabeça que algumas pessoas realmente gostam desse tipo de coisa. Eu sei que eu sou meio babaca e faço parte do time “só é legal quem gosta das mesmas coisas que eu”, mas esse tipo de coisa é chata, feia e cheia de metáforas estranhas – que ao contrário de metáforas normais não possuem nenhum significado por trás. Ok que nem tudo num filme/livro/peça-arte seja ruim, às vezes a trilha sonora é boa ou a fotografia é bonita, mas o conjunto é nojento.
Eu poderia ficar mil anos explicando aqui o porquê de eu não gostar desse tipo de coisa vanguardista e (tentar) convencê-los do mesmo, mas opto por soltar pra vocês a frase que o Maurício usa pra se referir a manifestações e que achei que cabe direitinho no assunto que tratei aqui: se precisa tirar a roupa pra chamar atenção, não é algo que deve ser levado a sério.

quinta-feira, junho 10, 2010

da arte de me irritar com coisas banais - III

o orkut (pt. 3) - acho que devo mudar o nome dessa "série" para "da arte de me irritar com o orkut"

O objeto de apreciação do meu ódio nesse post será a comunidade "O povo acha que eu uso drogas", mais uma maravilha dessa rede social tão querida.
O post vai ser curto porque não há muito o que explicar: 70% das pessoas que eu conheço que estão/estavam nessa comunidade usam, de fato, alguma droga, e o resto são pessoas de quinze anos ou menos que pensam que imitar os indivíduos do Jackass ou, recentemente, do Pânico na TV, é agir como drogado.
Acho que seria uma boa se essa comunidade se desmembrasse em duas: 
"O povo sabe que eu uso drogas" e "O povo acha que eu tenho retardo mental".

Beijinhos

terça-feira, junho 01, 2010

Para Maurício

A gente sabe quando é pra sempre.
Não vou vir com aquelas baboseiras de “demorei pra perceber que gostava de você” porque eu gostei de você desde o começo e você sabe. A verdade é que não teria como a gente não se gostar.
Não, essa não é mais uma das da minha companheira falta de modéstia; é só que você sabe que ia ser assim. Que depois que você pegou na minha mão a primeira vez e eu disse o quanto elas eram macias eu senti uma coisa engraçada. Não foi porque eu tinha bebido incontáveis dry martinis (?) naquela noite ou dado risada com você um pouco antes, ao comentar do “Superbad” e do McLovin. Foi porque eu não esperava, e te encontrei.  E foi “puxa, quero ser amiga dele”, e junto veio aquela vontade de saber toda a sua vida em cinco minutos.
E que por mais que isso seja clichê e, cara, que experiência de vida eu tenho?, eu não ia conseguir encontrar alguém que se encaixasse nas minhas exigências (oh!) como você - e eu digo física & psicologicamente.  
Porque eu sinto um carinho imenso, uma vontade de descobrir as coisas contigo, um querer te cuidar, orgulho de quem sou quando ‘tou junto de você.
Um tempo atrás escrevi aqui sobre uma vontade de “estar junto não porque é necessário, mas pura e simplesmente pela vontade de estar “, mas agora é necessário. Você é parte de mim. A parte mais bonita de mim. Eu sei. Você sabe.

quarta-feira, abril 28, 2010

sonhos - II

Hoje acordei às 7h30, fiquei enrolando pra dormir até umas 9h e depois acordei só 12h30. Essa dormida fora de hora só pode significar uma coisa: UM SONHO MUITO LOUCO.
*
Cá estou eu, no ano de 2010, entediada. Não sei da onde tenho um vira-tempo e, no meu tédio, penso "ah, vou dar uma voltinha ali pelo ano de 2005 pra fazer o Maurício me conhecer antes".
Vou para 2005, uso um disfarce e me matriculo na ESCOLA em que o Maurício estuda (detalhe: ele se formou no ensino médio em 2004).
A escola é enorme, as aulas são ao ar-livre e todos falam em inglês. De repente, olho...lá está meu amor, falando num orelhão e num celular AO MESMO TEMPO, de boné e usando um adidas-stabil-amarelo-horroroso (num primeiro momento pensei que ele poderia ser meio retardado, mas aí me toquei que ele era apenas uma pessoa no final da adolescência). Resolvo me esconder, porque quero que ele me "conheça" num momento melhor.
Nisso, enquanto dou um rolê esperto pela escola, encontro o Eduardo, um menino da minha sala da faculdade, e o AVATAR, que é um amigo do Edgar que recebeu esse apelido carinhoso por causa de seus dois metros de altura. Eduardo e Avatar me cumprimentam como se...me conhecessem! Pergunto a eles sobre isso e eles dizem que sim, que me conhecem da faculdade.
ÊÊÊÊÊPAAAAAAAAAAAAAAAAA. Como assim eles me conhecem da faculdade? Estamos em 2005! Isso quer dizer que o vira-tempo está com...defeito *gritos de horror*
Descobrindo o defeito do vira-tempo, resolvo ir procurar o Maurício pra ver se ele me reconhece também. Procuro, procuro e nada. A escola é enorme e o número de celular que ele usa hoje nem existe na época. 
Desisto de procurá-lo e resolvo ligar pro meu tio ir me buscar. Meu tio chega numa Hilux e, pra minha surpresa (ou não), ele não é nada-mais-nada-menos do que o Roger Sterling E único sobrevivente de um recente desastre de avião.
Fim.

sexta-feira, abril 16, 2010

da arte de me irritar com coisas banais - II

o orkut (pt. 2) - comunidades idiotas do orkut

Esses dias vi no orkut uma comunidade chamada "minha vida é um filme indie". Cara, cara, caaaaaaaaaaara!, eu já tenho raiva de pessoas que gostam de rotular suas vidas, do tipo que diz que a vida é uma novela mexicana ou que é, sei lá, uma pintura do Dalí e por aí vai...agora querer ser o legalzão da vez dizendo que sua vida parece um filme indie pegou mais no meu calo - pelo simples fato de que eu sou muito chata e cultivo raiva facilmente.
NÃO? Ah, malz aê, então sua vida não é, de longe, um filme indie.
(aliás, "indie" é um rótulo do qual eu não gosto muito. indie...what the hell is indie nowadays?)

domingo, abril 11, 2010

da arte de me irritar com coisas banais - I

Resolvi criar outra linda série no meu blog. 
Quem me conhece sabe que é muito fácil me irritar. Eu sou estressadinha, do tipo que periga ter um ataque cardíaco aos 32 anos de idade (embora a Brittany Murphy tenha tido e, cara, ela parecia tão relax). E me irrito com coisas banais, muito banais. Por exemplo...

o orkut

O orkut é uma merda. Tá, não que seja uma super merda, porque se não fosse o orkut talvez eu não tivesse conseguido cds de bandas que só eu gosto ou reencontrado meu primo que eu pensava estar morto. É uma merda porque eu, assim como muitas pessoas (acredito), tenho o hábito de julgar os outros pelas comunidades do orkut, e sabem, queridos amigos, tem muita gente que entra em comunidades de coisas das quais não gostam DE VERDADE. “Nossa, Mariana, que surpresa” - pois é!
Sim, eu sou aquele tipo de pessoa chata que acha que só é legal quem gosta das mesmas coisas que eu. Tipo, eu vou ter achar um nada se você nunca viu um filme dos irmãos Coen ou se você não dá risada com o Sérgio Mallandro.
O problema do orkut é que é muito fácil você “gostar” das coisas. Se você quer entrar na comunidade do Hitchcock basta apertar “participar”; você não precisa responder a um quiz sobre o diretor pra mostrar se você é digno ou não de estampar a comunidade dele no seu perfil. Daí um dia chega uma coitada que resolve virar legalzona e entra, por exemplo, na comunidade do Michel Gondry, sem saber que ele já dirigiu dois clips do Beck (até porque essa pessoa só deve ter ouvido “loser” na vida), ou que ele é muito feio (porque nunca viu sequer uma entrevista com ele – ou quem sabe viu a da Marina Person, e olhe lá).
Aí grandes porcaria’ eu amar o Wes Anderson com toda a minha alma, ou o Spike Jonze ter sido o primeiro diretor que o meu namorado citou gostar no dia em que a gente conheceu e fez com que eu desse gritinhos histéricos com isso, porque o tosco que escreve errado pode virar “fã” deles em apenas um clique. Mágico, não? Não.




(alguém, por favor, diga pra mim que eu sou normal)

sexta-feira, abril 09, 2010

sonhos - I

E então que eu sonho quase todas as noites. Ok, dizem que todo mundo sonha todas as noites. Acontece que eu LEMBRO de praticamente todos os meus sonhos. E eu tenho sonhos muito bizarros, do tipo em que minha mãe é ajudante do demônio (o Dave Grohl, como todos sabem) e eu preciso salvar Guarapuava.
Como ando muito feliz nessa vidinha e todo mundo sabe que só se escreve bem quando a vida ta uma porcaria (com exceção do Hank, mas o Hank é uma pessoa fictícia que come todo mundo), resolvi compartilhar com vocês, queridas moscas leitoras do blog, meus sonhos mais legais.
Vou começar essa incrível “série” com o sonho dessa noite:
Eu, Maurício & amigos estávamos numa festa. Essa festa provavelmente era uma despedida de solteiro, já que no recinto se encontravam várias prostitutas peladinhas, mas pintadas de dourado. No meio do salão havia uma cadeira, e no decorrer da linda celebração as putas (que não eram bonitas, juro) pegavam os homens da festa, botavam na cadeira e dançavam quase em cima deles. TODOS OS HOMENS. E é claro que eu surtei, falei pro Maurício que ele não ia participar daquela merda e coisa e tal. E claro que ele concordou, porque mi ama.
Belê. Até que chegou uma puta e chamou o Maurício pra participar da “brincadeira”. Ele disse que não, obrigado, mas a puta insistiu. eu perguntei se ela não tinha entendido e ela veio bravinha me xingar. Eu fiquei com medo (na minha cabeça rolava toda uma irmandade na prostituição e as amigonas dela poderiam vir me bater) e disse que eu não ligaria d’ele participar desde que ele não precisasse LAMBER A BARRIGA DELA. Ela não curtiu e eu resolvi ir embora da festa – levando o meu namorado, claro.
Lá fora encontrei um colega meu da faculdade, sacando dinheiro de um caixa eletrônico que ficava no meio da rua (essa parte do sonho eu não entendi muito bem, mas ok), o Maurício foi embora e eu fiquei esperando minha tia ir me buscar. Enquanto eu esperava, surgiram três caras parecidos com o Sayid e foram TRETAR comigo. Explicação: os árabes eram cafetões das putas da festa e não acharam legal eu encrencar com uma delas. Mas acabei sendo salva pela minha linda tia e entrei no carro.
No caminho pra casa havia uma feirinha de rua e a gente teve que estacionar e seguir o caminho a pé. Aí, do nada, minha tia sumiu e uns trombadinhas tentaram me assaltar, mas acabei sendo salva por ninguém menos que os três árabes. “Ó! Vocês são legais”. Não eram legais. Eles só me salvaram porque queriam me seqüestrar.
Os árabes (dois deles usavam camisetas do Mickey Mouse) me levaram pra um apartamento que parecia muito com o em que passei minha infância. Morri de medo. Mas morri à toa, já que eles me deram bolachas e falaram que só me seqüestraram porque tinham recebido um e-mail do Eminem e queriam que eu traduzisse pra eles.
Fim. 

quinta-feira, março 25, 2010

top 3 de histórias de amor que deveriam ser bonitinhas, mas não são

Gosto muito de fazer listinhas, mas geralmente elas só ficam na minha cabeça, porque tenho preguiça de lembrar de tudo o que eu pensei e digitar.
A idéia dessa listinha surgiu agora pouco, enquanto eu tomava banho (ui!). Tava lembrando que o amigo da minha amiga disse ontem, no aeroporto, enquanto a gente voltava do show do Franz Ferdinand (*corações*), que falaram pra ele que a Kristen Stewart estava encantadora em “Adventureland”. Pensei “ENCANTADORA?”, e a idéia dessa listinha nasceu.
Ah! Se você ainda não viu algum dos filmes citados e tem interesse em ver, não leia a lista; spoilers all the time.

(três é um bom número)

James e Em (Adventureland)
(pra começar...)

Verão de 1987
James é um carinha muito bacana que acabou de se formar na faculdade e está de folga até começar sua especialização em jornalismo, na Universidade de Columbia (uau!).
Nosso herói juntou uma grana legal e está indo passar as férias na Europa com um amigo maconheiro. PORÉM, seus pais lhe avisam que a grana está curta e que, além de James precisar usar o dinheiro da viagem pra pagar uma parte da sua faculdade/apartamento em NY, ele precisará passar as férias trabalhando.
Em Pittsburgh, sua cidade natal, James consegue um emprego na parte de jogos de um parque mei’ decadente chamado “Adventureland”, graças ao seu amigo de infância bobão.
No parque, James conhece a “encantadora” Em, uma roqueirinha que tem um leve ar esnobe que também trabalha nos “Games”. É claro que nosso herói virgem se apaixona. E é claro que Em é uma vagabunda.
Além de eu não ter sentido reciprocidade alguma de Em quanto aos sentimentos de James (nas cenas em que eles se beijam sinto uma pena profunda do nosso protagonista), a vadiazinha ainda tem um caso com Connell, o técnico gatão e CASADO do parque.
E tudo o que vocês imaginam acontece: James descobre de Em e Connell, vira um pouco mais rebelde, tenta esquecer a vagabunda destruidora de corações (com Lisa P., a outra vagabunda do parque, mas católica e virgem), etc. E é claro que no final eles ficam juntos e ele perde a virgindade com ela.
Lindo, não?
NÃO.
Vocês acham que vira e mexe não vai vir à cabeça de James que ele está com uma ex-vadia? VAI. E o orgulho vai ser mais forte que o amor.
FIM.

Paulie e Juno (Juno)

Essa história todo mundo conhece: a menininha independente de 16 anos (também metida a roqueirinha) resolve dar pro melhor amigo (um corredor bundão) e acaba engravidando. Decide dar o bebê pra adoção e assim caminha a humanidade.
Juno sabe que o melhor amigo é um bundão (encantador, mas bundão) e passa boa parte do filme tentando fugir do que sente por ele. Não dá certo.
Mas, pessoal, quando eu digo “bundão”, é pra pensar em “bundão” com letras garrafais. BUNDÃO.
Paulie Bleeker não demonstra interesse algum pela gravidez da amiga durante o filme – e não acho que ele deveria fazer isso “apenas” porque é o pai da criança, mas porque a menina é melhor amiga dele; ele também não defende Juno nenhuma vez em que a mãe dele dá a entender que não gosta da menina e ainda por cima convida a guria que cheira a sopa pro baile.
Mas, É CLARO, no final das contas eles acabam juntos, fofos e felizes, cantando uma musiquinha igualmente fofa e feliz.
FAIL.
Por mais Holden Caulfield que Juno seja, uma hora, invariavelmente, ela vai lembrar que Paulie não deu a mínima pra ela quando ela estava grávida (mesmo que o bebê fosse pra adoção), que ele saiu com a guria da cara torta e que ele é um bundão (óbvio). Nenhuma mulher gosta de estar com um cara 100% manipulável – e Paulie Bleeker é assim.
É claro que esse menino realmente é uma gracinha, mas...né?

Rob e Laura (High Fidelity)
(falando em listas…)

Rob é um trintão dono de uma loja de discos semi-falida. Laura é uma advogada, igualmente trintona, loira e de franjinha (franjinha deveria ser algo proibido pra mulheres acima de trinta anos). Rob curte boa música e fazer listas “top 5”; não sei o que Laura curte, mas sei que ela deu um belo pé na bunda do nosso herói.
Rob passa o filme lembrando das mulheres que mais o fizeram sofrer na vida e tentando voltar pra Laura. Laura está namorando Ian, o ex-vizinho nojento dos dois.
Laura dá moral pra Rob durante o filme todo, e depois dá outra coisa também (enquanto ainda namora Ian).
E no final? Tchã-nã-nã-nã...ELES VOLTAM, claro!
Se eles tivessem apenas voltado eu já acharia essa uma história de amor muito triste (voltar um namoro é quase tão triste quanto terminar), mas acontece que, durante o filme, ficamos sabendo que Rob já traiu Laura e que ela já abortou um filho dele (não lembro a ordem dos fatos).
MINHA GENTE, haja munição pro orgulho poder prevalecer o amor nessa história. Traição, aborto, namoro com o ex-vizinho que era alvo de piadas dos dois...
Ai, é muito pra minha cabeça (e pro meu coraçaozinho).

sexta-feira, março 05, 2010

não tão nova


mas linda
(sparklehorse + danger mouse + david lynch)

segunda-feira, março 01, 2010

a propaganda é a alma do negócio

Papai era um cara bem legal (pena que não pode ver mulher – brincadeira).
Até meus onze anos papai seguia um ritual religioso: locadora de filmes todo sábado. TODOS. E papai me levava, e eu gostava. Quando eu era criança papai me dava livros do Fernando Sabino e me contava sobre Hitchcock. Papai lia muita coisa fora da cultura jurídica. Papai jogava “007 Contra Goldeneye” no Nintendo 64 como ninguém.
Um dia papai mudou.
Não tenho certeza se foi o trabalho que consumiu papai e o deixou cada vez mais ocupado (e cansado), mas ele deixou de ir à locadora (para poder ir ao escritório aos sábados), ler livros de fora da cultura jurídica (para poder trabalhar), jogar vídeo-game. Agora papai dorme se tiramos um tempo pra assistir a um Hitchcock.
*
Li muito sobre “Mad Men” desde que a série estreou, em 2007. Um drama da HBO (existe seriado ruim da HBO?), do mesmo criador e escritor dos Sopranos, que tem como foco central uma agência de publicidade de Nova York no começo dos anos 60.
Amigos indicavam, revistas davam cinco estrelinhas e o seriado era premiado.
E eu sempre deixava de lado.
“Preciso ver”, e nunca via.
*
Dia desses papai chegou e me disse que tinha assistido à “Mad Men” algumas vezes. E achado bom. Muito bom.
No mesmo dia baixei o piloto da série. E gostei. Gostei muito.
*
Se um advogado que trabalha 12 horas por dia e abre mão de dormir um pouquinho quando pode para assistir a um seriado significa que o seriado vale a pena ser visto.
Papai é melhor publicitário que o Don Draper.

Papai chuta sua bunda

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

acredite se quiser

E aí que eu estava ouvindo uma música do Oasis que diz “I tried to talk with God to no avail / Called him up in-and-out of nowhere / Said ‘If you won't save me, please, don't waste my time’”¹ e percebi que, incrível!, isso é tudo o que eu sempre quis dizer sobre deus/religião.
Durante minha vida fui apresentada a uma quantidade razoável de crenças: estudei em um colégio de freiras, freqüentei algumas vezes um centro espírita em Guarapuava com a minha mãe, estudei também em um colégio presbiteriano. Sempre tentei encontrar esse deus de quem tanto falam e...nada. Não sentia absolutamente nada rezando, indo à igreja ou fazendo o “bem” aos outros.
Esses dias eu estava dando uma olhada no orkut de uma menina evangélica da minha faculdade (espiadinha, a gente não se vê só na Globo) e acontece que ela montou um álbum só com fotos de jovens “descolados” e com dizeres religiosos, fotos criticando vícios (uma das fotos era de uma seringa com COCA-COLA: “todo vício é ruim”)  e até uma foto de um casalzinho desses indie bem bonitinho com os dizeres “nem tudo que dá certo é certo”. Opa, COMO ASSIM? Então você deve abrir mão de várias coisas da sua vida por causa de uma crença em um deus que sabe lá deus (opa) realmente existe? Que você não pode fumar um cigarrinho, ou tomar um café e uma coca-cola, ou ouvir Lovage, ou fazer sexo, ou namorar alguém que pode ser super legal mas não é da mesma religião que você por causa de um possível AMIGO IMAGINÁRIO?
Veja bem, eu não estou criticando quem tem uma religião, quem acredita em deus, quem curte ir à igreja, etc; eu estou criticando essa coisa louca de deixar de aproveitar coisas gostosas da vida por causa disso. Veja bem [2], eu não estou dizendo que acho legal sair por aí fazendo bacanais enquanto se cheira cocaína, mas se isso te faz feliz, who cares? Ficando naquela história de “sua liberdade acaba quando começa a do outro” está tudo certo.
E é bem aquilo que um dos Gallagher canta: eu não vou perder tempo com algo que não vai me “salvar” se eu for feliz do jeito que realmente quero. 




¹ Falling down

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

primeiro encontro

é que meus pés doíam e eu precisava de um lugar pra sentar. ele dormia no sofá. o acordei. me deu um ladinho. e eu lhe dei meu coração.

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

nascimento

estranho pensar que existia vida antes de você; que fiz planos, obtive sucesso, falhei, tive outros, quis sumir, quis morrer sem ter a menor ideia de que você existia.
estranho lembrar que antes de você eu não sabia o que era ter pés encostando nos meus de madrugada, dizer tudo o que acho engraçado sem parecer (muito) imbecil, ter vontade de deixar a cama arrumada, fazer parte de outra pessoa.
mas você existe. e agora eu sei.

fique. sempre.

segunda-feira, janeiro 04, 2010

tato

bem que o toque
das mãos suaves
(que cheiravam a
creme hidratante
de morango)
que fazia seus
pelinhos do braço
formarem um ângulo
de noventa graus
e seu coração
dançar
e seu estômago
doer
(dor boa)
poderia durar
uns três dias
(seguidos)