segunda-feira, junho 28, 2010

Pelo direito de gostar de futebol

Ontem eu coloquei uma bandeirinha da Argentina no meu avatar do twitter. Quem me conhece mesmo sabe que, acima de tudo, aquilo foi uma brincadeira; eu coloquei porque achei engraçado (senso de humor doente? Não sei.). Quem não me conhece veio criticar e/ou dar indiretas.
Eu sempre assisti aos jogos da Copa do Mundo por causa do jogo, da minha paixão pelo esporte, e não por alguma seleção (paixão por time é só pelo Palmeiras). De acordo com o que eu penso, quem tem um futebol mais bonito merece ganhar mais e ponto final. Em 2002? Foi Brasil na cabeça. Em 2006? Não, obrigada. Esse ano eu acho que é a Argentina que merece, ignorando toda essa nossa "rivalidade" histórica com eles. 
Não é nada contra quem torce muito, vibra, chora & morre pela seleção brasileira, só que acontece que eu não consigo, e é muito chato esse povo que vai com quatro pedras na mão pra cima de alguém que não acha que o Brasil é a seleção que mais merece ganhar a Copa (pior quem confunde preferir o futebol de outra seleção com torcer contra o Brasil – eu jamais torceria contra a seleção do meu país, independentemente de quantos babacas façam parte dela ou quão ruim ela esteja jogando).
Hoje de manhã eu ‘tava pensando nessa história toda e acho que isso é coisa bem típica de brasileiro mesmo, pelo menos aqui do sul. Mora em cidade X, mas diz que prefere Y? É pisoteado. Mora no Paraná e torce pra algum time de São Paulo? Querido, você merece a forca.
Eu não estou dizendo que devem concordar com isso, mas sim que devem aceitar a opinião do outro de forma não agressiva. Eu sei que esse negócio de paixão é complicado e neguinho vira bicho com quem discorda, mas ser racional é o que nos difere dos outros animais, não?
Eu entendo e respeito (muito) quem é mais nacionalista que eu (mesmo que seja só em época de Copa do Mundo) e não consegue enxergar além da seleção canarinho, apenas quero ter minha opinião respeitada também (sequer espero aceitação), sem ser tratada como um demônio de mullets. Apenas isso.



(Ah, só mais uma coisa: você que não sabe o que é um impedimento ou quem é o melhor jogador do mundo, pode falar o que quiser, mas seu posicionamento não conta pra mim.)

domingo, junho 27, 2010

Revolução no quiosque

Sexta-feira, após uma estressante ida ao TRT, resolvi me presentear com uma casquinha de baunilha dum quiosque do Bob’s que fica ali no Shopping Omar.
Cheguei feliz porque só tinha um casal na minha frente, e os atendentes daquele quiosque são os mais lerdos ever. Beleza. O cara (gordo) pediu uma casquinha; fiquei feliz porque significava que o atendente não ia demorar muito. A mulher (obesa) pediu um milkshake grande (e de MORANGO. Se fosse de ovomaltine eu perdoava, né?); me desesperei, porque eles demoram mil anos pra fazer uma batidinha de sorvete, mas resolvi respirar fundo e não me estressar mais.
Quando o atendente foi pegar minha casquinha, eu reparei numa coisa muito séria: não tem pia no quiosque e nem uma mísera garrafinha de álcool em gel!

"Me vê uma casquinha de baunilha com tuberculose, fazendo o favor?"

Ok que o moço sempre pega a casquinha com um guardanapo, mas, cara, ele mexe com dinheiro o dia todo, é impossível que todas as bactérias e vírus malignos sejam barrados apenas por um guardanapinho. Forcei a memória e não me lembrei de já ter visto alguma pia em quiosque do Bob’s ou do McDonald’s.
Se isso fosse só nos quiosques de sorvete até que tudo bem, mas já parou pra imaginar como é a higiene nos restaurantes? Na padaria? Da tia que faz brigadeiro pras suas festinhas?
Pensei nisso um pouquinho e logo tirei da cabeça; a casquinha tava muito boa pra ser estragada por pensamentos microbianos.

quinta-feira, junho 24, 2010

Superporres

Eu entendo pessoas que não gostam de celebridades (principalmente de “subcelebridades” brasileiras), de verdade, até porque não sou uma defensora ferrenha dessa classe (vide o Na Boa,..., que pretendo ressuscitar algum dia), mas isso não significa que eu não me divirta, e muito, em sites tipo Ego, Retratos da Vida, etc.
Não estou obrigando você que não gosta a se divertir como eu ou aceitar que a mídia dê tanto espaço pra esse tipo de gente, só estou pedindo pra não reclamar.
Não, não estou falando de reclamações “saudáveis”, mas sim desse pessoal que reclama como se a fome na Etiópia fosse culpa do Alemão do BBB. Reclamam de alguma notinha sobre uma dançarina do Pânico na TV atravessando a rua como se a “notícia” tivesse simplesmente saltado no meio de uma matéria sobre a economia tailandesa. Oras, como o Maurício sempre diz, esse tipo de notícia está numa sessão bem auto-explicativa dos jornais/sites: ENTRETENIMENTO – sem contar que só clica ali quem quer.
Já critiquei o BBB, mas vejo como foi besta; a intenção do programa é divertir, mas se você não se diverte ao ver como os seres humanos podem ser tão estúpidos, muda pro National Geographic. Não curte ver a Luciana Gimenez entrevistando prostituta? Muda pro Discovery Channel então.
Veja bem, eu não estou defendendo e dizendo que acho lindo ver um monte de bundas desfilando na telinha da Globo ou o Oliver do finado programa do João Kléber mostrando sua dança do Clube das Mulheres na Redetv!, eu acho engraçado. E só porque eu gosto de ver esse tipo de coisa ou ler a Retratos da Vida não significa que eu não gosto de um entretenimento mais “sério” ou “inteligente”.
Vamos lá, a lógica não é difícil: não gosta de ver, muda o canal ou desliga a TV; não gosta de ler, clica no X do canto superior da tela. ;)


p.s.: amo o Belo, Latino & Mirella e sonho com o retorno da Casa dos Artistas.

segunda-feira, junho 21, 2010

Agent Cooper way of life

Sabem, às vezes fico me perguntando se eu sou a única pessoa decente do mundo. Ok, não a única, já que o Maurício também é bem decente.
Não estou dizendo que eu sou um anjo de candura , uma filha ou aluna exemplar – pra mim decência não tem a ver com isso. Eu já roubei chocolate do mercado, bebo pinga às vezes e tenho um relacionamento saudável com meu namorado. Mas eu jamais trairia alguém (amigo ou namorado), mentiria  alguma coisa capaz de comprometer uma pessoa, roubar algo mais “sério”, etc.

IDWT - In Decency We Trust

‘Tou falando sobre isso porque vejo como o mundo anda meio doido diante do meu conceito de “decência”, principalmente em questões de relacionamento. Olha, me perdoem se acharem meu pensamento meio retrógrado ou blá blá blá, mas eu prezo, sim, por fidelidade (não só num relacionamento amoroso). Claro que lealdade é muito importante, mas fidelidade é mais, caso contrário não teria escolhido viver monogamicamente (?). Acho que as pessoas só acham a poligamia algo bacana quando não têm alguém de quem gostam de verdade, mas essa é uma opinião mais que pessoal. Digo isso porque, cara, a quantidade de traições que eu tenho visto ultimamente! Eu sei que temos que viver pra nós e não pros outros e supostamente devemos fazer o que nos dá vontade, mas existe uma coisinha chamada “respeito”, e outra chamada “franqueza”. Não sei como esse povo consegue viver normalmente após trair alguém que diz amar, ou continuar com o “amado”, mas enfim...
Também fico brava com esse pessoal que acha que bebida é desculpa pra fazer merda. Desculpa, amigo, não é. Eu sei que a gente fica mais vulnerável quando bebe e quer viver la vida loca, mas você não se transformou no Incrível Hulk só porque bebeu uma garrafa de jurupinga. Você bebeu e acabou parando na cama do vizinho? Malz aê, então você sempre foi uma vadia. Bebeu e acabou pegando um travesti? Ronaldo.
Ai, eu sei que às vezes parece que o mundo mei’ que prende a gente, que dá vontade de sair correndo pelado, xingando todo mundo, etc. Fale por você, mas pra mim decência não é sinônimo de falta de liberdade.  
Quando escrevi aqui sobre religião, disse que tudo valia desde que não interferisse na liberdade do outro. Pra decência o raciocínio é meio parecido, mas ao invés de liberdade acredito que tudo vale desde que não machuque o outro.

sábado, junho 12, 2010

Nouvelle Merde

Olha, eu sou uma pessoa um pouco preconceituosa pra coisas de vanguarda. Ok, o movimento modernista foi jóia e a nouvelle vague foi bacanona, mas isso é o máximo que eu posso suportar; coisas-arte são um saco (desculpa, Philippe Garrel, mas “Amantes Constantes” é uma bosta).
Estou falando isso porque essa semana eu lembrei de um teatro que eu e o Maurício fomos ver em novembro do ano passado, quando a gente nem namorava ainda. A peça se chamava “Chiclete & Som” e tratava das obras do Caio Fernando Abreu de uma forma geral. “Ôpa, vâmo lá!”.  A apresentação era no Teatro Universitário de Curitiba (TUC) e o meu medo já começou aí. Por que se falam de algo “universitário” eu já imagino um monte de estudantes de ciências sociais com rasteirinhas de couro (falso, porque são todos vegans) e dreads no cabelo? Enfim, fomos lá ver qualéqueera.
Não vou ficar explicando aqui o que acontecia na peça toda, como era o elenco, etc & tal, apenas posso resumir que essa masterpiece envolvia mulheres ficando peladas, sangue falso, penas e farinha.
Ao lembrar dessa maravilha, fui procurar algo no Google sobre esse teatro e achei bons comentários; um cara chegou a dizer que “o Caio Fernando Abreu deve ter tido uma ereção no túmulo” (o que me fez imaginar a cena e não foi nada engraçado). Ah, claro, só se a ereção foi por conta de umazinha que ele bateu de tão entediado que ficou com a apresentação.
A questão aqui não é se a peça era realmente ruim ou confusa ou ruim & confusa, é entrar na minha cabeça que algumas pessoas realmente gostam desse tipo de coisa. Eu sei que eu sou meio babaca e faço parte do time “só é legal quem gosta das mesmas coisas que eu”, mas esse tipo de coisa é chata, feia e cheia de metáforas estranhas – que ao contrário de metáforas normais não possuem nenhum significado por trás. Ok que nem tudo num filme/livro/peça-arte seja ruim, às vezes a trilha sonora é boa ou a fotografia é bonita, mas o conjunto é nojento.
Eu poderia ficar mil anos explicando aqui o porquê de eu não gostar desse tipo de coisa vanguardista e (tentar) convencê-los do mesmo, mas opto por soltar pra vocês a frase que o Maurício usa pra se referir a manifestações e que achei que cabe direitinho no assunto que tratei aqui: se precisa tirar a roupa pra chamar atenção, não é algo que deve ser levado a sério.

quinta-feira, junho 10, 2010

da arte de me irritar com coisas banais - III

o orkut (pt. 3) - acho que devo mudar o nome dessa "série" para "da arte de me irritar com o orkut"

O objeto de apreciação do meu ódio nesse post será a comunidade "O povo acha que eu uso drogas", mais uma maravilha dessa rede social tão querida.
O post vai ser curto porque não há muito o que explicar: 70% das pessoas que eu conheço que estão/estavam nessa comunidade usam, de fato, alguma droga, e o resto são pessoas de quinze anos ou menos que pensam que imitar os indivíduos do Jackass ou, recentemente, do Pânico na TV, é agir como drogado.
Acho que seria uma boa se essa comunidade se desmembrasse em duas: 
"O povo sabe que eu uso drogas" e "O povo acha que eu tenho retardo mental".

Beijinhos

terça-feira, junho 01, 2010

Para Maurício

A gente sabe quando é pra sempre.
Não vou vir com aquelas baboseiras de “demorei pra perceber que gostava de você” porque eu gostei de você desde o começo e você sabe. A verdade é que não teria como a gente não se gostar.
Não, essa não é mais uma das da minha companheira falta de modéstia; é só que você sabe que ia ser assim. Que depois que você pegou na minha mão a primeira vez e eu disse o quanto elas eram macias eu senti uma coisa engraçada. Não foi porque eu tinha bebido incontáveis dry martinis (?) naquela noite ou dado risada com você um pouco antes, ao comentar do “Superbad” e do McLovin. Foi porque eu não esperava, e te encontrei.  E foi “puxa, quero ser amiga dele”, e junto veio aquela vontade de saber toda a sua vida em cinco minutos.
E que por mais que isso seja clichê e, cara, que experiência de vida eu tenho?, eu não ia conseguir encontrar alguém que se encaixasse nas minhas exigências (oh!) como você - e eu digo física & psicologicamente.  
Porque eu sinto um carinho imenso, uma vontade de descobrir as coisas contigo, um querer te cuidar, orgulho de quem sou quando ‘tou junto de você.
Um tempo atrás escrevi aqui sobre uma vontade de “estar junto não porque é necessário, mas pura e simplesmente pela vontade de estar “, mas agora é necessário. Você é parte de mim. A parte mais bonita de mim. Eu sei. Você sabe.