sexta-feira, novembro 28, 2008

Posso falar?

Olha, eu passei pra segunda fase da UFPR e isso é uma conquista, já que até uns dois anos atrás eu achava que não conseguiria nem terminar o ensino médio (meu sonho era sacar todo o dinheiro da poupança que meu pai mantém pra mim desde que eu era pequena e me mandar pra Inglaterra, ou pelo menos pra Argentina). Eu sei que isso não é garantia alguma que eu vá passar pra valer, mas não me impede de ficar muito feliz. Agora neguinho vir e ficar falando coisas do tipo "ai, não sei se você fez uma nota boa" "ai, não se anime muito" "ai, fulana foi muito melhor que você" É DEMAIS.
Vá tomar no c* bem tomado.
Estressei.

quarta-feira, novembro 19, 2008

Papai sabe o que diz

"Mariana, eu não acredito que você vai ficar triste só porque esse povinho saiu pra um chopp depois do vestibular e não te chamou. Eles nem sabem quem é Woody Allen."

O pior é que não sabem.

terça-feira, novembro 11, 2008

Blá, blá, baby

Eu adoro ouvir conversas alheias. Primeiro que eu sou mulher, a criatura mais curiosa que existe, e segundo que sempre tiro algo que preste de cenas e/ou conversas dos outros (vai que algum dia eu consigo escrever uma crônica tão linda quanto à dos negros no boteco, do Sabino. Né?).
Pois bem, estava eu almoçando (sozinha, pra variar) na praça de alimentação que fica no prédio em que moro e, pasmem, ouvi uma conversa inteira da mesa ao lado.
Sentados 'tavam uma guria e um cara, provavelmente amigo dela. Eram um tanto mais velhos que eu, no mínimo uns cinco anos, e usavam roupas meio formais; era intervalo do almoço.
Ela tagarelava sem parar, 'tava contando do fim de semana na praia (curiosamente a praia era Bombinhas, pra onde eu vou nos finais de ano) com amigos. Tudo bem, normal. Até que ela começou a "detonar" as amigas dela; fulana era bêbada, cicrana 'tava acima do peso, beltrana era uma folgada. Se eu já 'tava tomando as dores das outras nesse momento, você não imagina como fiquei quando a venenosa começou a falar de um tal de Ricardo.
Esse Ricardo provavelmente é o cara de quem ela gosta, em quem ela deve ter ficado se jogando durante toda a viagem. Enfim, diz que o tal do Ricardo insinuou que uma amiga deles 'tava tão gorda que parecia grávida. E riu. Sim, a cobra riu com maldade, com os olhos vermelhos, riu da própria amiga.
Não sabia qual era o pior, se a falseta ou o tal do Ricardo, que conseguiu ser extremamente grosseiro com uma mulher. Resolvi terminar minha coca-cola em casa e me mandar do restaurante, antes que eu me estressasse (mais) com uma conversa que não era nem pra eu ter ouvido.
Sabe por que eu me irritei? Porque eu tenho nojo de gente falsa.
Não vou ser hipócrita e dizer que nunca falei mal de alguém na vida. É claro que eu já falei, mas 99,9% das vezes em que fiz isso, não foi em pessoas que eu considero amigas que eu jorrei veneno.
A conversa que eu ouvi hoje sintetiza perfeitamente o medo que sinto de me relacionar com as pessoas. Pode crer que, fora a tua mãe, ninguém no mundo vai sempre desejar o melhor pra você; que, como o Dalton Trevisan diz, as relações são todas baseadas no vampirismo, que as pessoas têm interesses (no mau sentido), que sempre alguém vai tomar no cu.
Claro que, como a Lei de Murphy é infalível, eu sempre sou o alguém que toma no cu. Se alguém aí conhece um bom spray de alho que possa ser espirrado nessa vampiraiada, me avisa. Pago um bom preço.

quinta-feira, novembro 06, 2008

Chata

Eu queria escrever alguma coisa que prestasse, mas eu não consigo.
Há um tempo atrás eu acreditava que só escrevia coisas boas (lê-se "não tão ruins") quando eu 'tava passando por algum momento, no mínimo, chato. Quem me conhece e acompanha esse blog, com certeza dirá que prefere textos de x ou de y época, e eu tenho certeza que serão de alguma fase na qual tudo 'tava uma merda.
Acontece que eu acho que essa minha teoria falhou. Sim, caras moscas que lêem o meu blog, passo por uma merda de momento e mesmo assim não me vem inspiração alguma. Porque seja um momento meio tenso talvez, não sei; se eu pudesse encontrar uma explicação seria mais fácil.
Enfim, tentei escrever sobre como sinto vergonha por fazer parte de uma juventude como a minha, sobre como me emputece ver pessoas tentando "roubar" de mim coisas que podem me diferenciar das outras gurias (e que brotaram de mim, só de mim - ok, com grande influência do meu pai), sobre como é ruim sentir saudade da minha mãe...o fato é que não saiu NADA. Até tentei dar uma de Clarice Lispector e vomitar as palavras -num fluxo de consciência tenebroso-, mas ficou uma porcaria.
Blé.

sábado, novembro 01, 2008

Bossa nova

Vestidinho de tricô, bêbada de vinho
- Canta a vida, menina
- Me canta, amor