sexta-feira, março 21, 2008

You love blow and i love puff

O tempo não cura. Ameniza, mas não cura.
Morte, amor, decepções (os dois últimos interligados, às vezes)...vou escolher apenas um.
Gosto de comparar amores a vícios. Amores de "homem x mulher", não que os de amigos, família, etc não sejam importantes, mas o carnal é muito mais necessário, na maioria das vezes.
Quando a paixão rende, vira amor. É uma coisa louca, com doses cavalares diárias. Não precisa ter língua, sexo, SEMPRE, só a mãozinha dada já basta - em último caso, é claro.
Mas e quando uma das partes enjoa? Sei lá, quer uma droga diferente, ou a recuperação (raramente)?
A abstinência dói, mas, aos poucos, sem ver, sentir, engolir, você tem (ou acha que teve) uma ótima reabilitação. Mas sem heroína, você precisa de metadona, então, vai atrás de outras pessoas.
Você gosta, e o efeito é razoável, supre sua necessidade. Se apaixona, mas não rende, então começa a ficar meio chato. Pula pra outra, e outra, e outra...
Pode passar um tempo, bom, mas aí, um dia, do nada, você dá de cara com a primeira droga, aquela do efeito sem igual, a melhor e mais cara. Aí, fodeu, porque se ela se mostra acessível, você até tenta resistir, mas em vão, afinal, quem pensa 100% com o cérebro?
Você quase beira a overdose.
Bem clichê: "que seja infinito enquanto dure."
Não há cura para o vício...