- Você já me tem a seus pés.
- E isso é ruim?
- É...
- Ah, é.
- Não quero ser seu cachorrinho.
Ela balança a cabeça de um lado para o outro e toma outro gole de café.
De cabelos molhados ela fica muito mais irresistível.
Saio de perto e aviso que vou tomar banho. Ela deixou o espelho embaçado, 'tá com uma atmosfera de banheiro de hotel, ainda tem vapor perto da lâmpada.
Ah! É prazeroso sentir a água quente escorrendo nas minhas costas. Ela também me dá prazer. Não, não a água. Quero dizer, a água sim, mas agora falo da minha querida. Porém, são prazeres diferentes. Ou não? É só prazer corporal mesmo...Ou não?
Tenho que parar de pensar nela, ela já me tem a seus pés.
Inclino o pescoço e sinto a água bater forte na minha testa. Isso não é tortura chinesa? Se for, pra mim não funciona.
O que me tortura é ela.
De cabelos molhados.
5 comentários:
Bah, essas ambigüidades que enlouquecem a gente. E "o abismo que é pensar e sentir"...
Bom feriado, Mah, aproveita!
Biso biso
O que tortura mesmo é pensar em tudo (=
Tu e sua doce escrita (=
Adoro demais.
:****
Tenho que parar de pensar nela, ela já me tem a seus pés.
me empresta um marca-texto?
adorei.
assim, debaixo da água, o vento mata.
lindo.
Prazer corporal, ai isso era bom mas a mente sempre se intromete. E la vamos nos racionalizar tudo ate que deixamos que a vida decorra.
mais vale ser cachorrinho que nao ser coisa alguma.
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