sexta-feira, março 09, 2007

Eu mato, eu mato!

- Mas que diabos, Catarina! A criatura apenas me ligou, e eu ainda fui duplamente grosseiro, pois não atendi, nem retornei nenhuma das vezes. Se eu tivesse que te esconder algo, teria deletado as malditas chamadas do telefone!
- Não me interessa. O fato de essa mulher andar te procurando me tira do sério!
Pedro e Catarina eram casados há dois anos. Tinham uma ótima relação, até Catarina descobrir que a antiga namorada do marido, Juliana, andava ligando para ele ultimamente.
Uma coisa que Catarina jamais aceitaria, era uma traição por parte de alguém que jurasse que a amava. Quando pensava na possibilidade de alguma, logo lembrava daqueles contos do Nelson Rodrigues e resmungava baixinho:
"Eu mato, eu mato!"
Olhou para Pedro com uma certa ternuna. O marido estava sentado no sofá, muito nervoso, batendo o pé no chão frenéticamente, e fumando um cigarro. O homem era um santo, jamais olharia para outra mulher que não fosse Catarina. Com exceção de sua mãe, e olhe lá...
Não, não era de Pedro que Catarina morria de ciúmes, nem de Pedro que temia uma traição. Era de Juliana.

3 comentários:

Tatiana disse...

Menina, você falou em Nelson Rodrigues e escreveu algo que poderia ser de autoria dele! E olha que de Nelson eu até manjo! :D
Post bom e surpreendente.

Em tempo: acertou na mosca quanto ao meu último texto. O mais engraçado é que ele foi escrito exatamente um dia antes d'eu ter lido "Fernando" logo aqui embaixo. Fiquei até s/ saber o que comentar, hahaha.

Bom fim-de-semana!
Beijão.

Anônimo disse...

Owww

Consegui ouvir até um fundo musical... De a vida como ela é...

E tu sempre me surpreendendo com suas palavras.

Beijos dona moça e otima semana

:****

poeta quebrado disse...

orra, lindão.
adorei, mesmo, de novo.
^^

i do realmente é fantástica, poucas letras expressam tão bem meus sentimentos. ^^

enfim...

defina "porre de criatividade".
^^

dois beijos e cores.